Brasília tem uma escola de Carnaval: um espaço para ensinar aos amantes da festa mais popular do país um pouco de música, percussão, performance e até mesmo iniciativas como a criação de um bloquinho. A Escola Carnavalesca, criada em maio do ano passado, é fomentada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), com recursos de R$ 600 mil, e conta com o apoio da Administração do Plano Piloto, onde está sua sede.
Integrantes do bloco Calango Careta ensinaram em oficina, neste sábado (21), conceitos de teatro para apresentações de rua | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília
Até o dia 11 de fevereiro, a escola oferece oficinas em diversas cidades para esquentar os tamborins antes do Carnaval. Afinal, nos últimos dois anos não teve folia no DF devido à pandemia da covid-19. Neste sábado (21), na sede da escola, no Setor Comercial Sul (SCS), foi dia de integrantes do bloco – ou fanfarra – Calango Careta, desde 2016 na capital, passar a um grupo de 10 aprendizes os conceitos de teatro para as apresentações de rua.
Oficina de leques realizada no Riacho Fundo II: ações descentralizadas pelo DF para fortalecer a cultura do Carnaval | Foto: Divulgação Escola Carnavalesca
Já no Gama, também neste sábado, foi realizada a oficina ‘Brincando com tambores, carnavalizando arranjos’. As aulas de frevo, ensinadas na sede da Escola Carnavalesca, também foram disputadas, assim como as de leque, ministradas no Riacho Fundo II na semana passada. Todas gratuitas.
“A ideia é formar novos carnavalescos, fazer uma conexão entre os coletivos da cidade. É pensar o Carnaval o ano inteiro”, diz Rafael Reis, da coordenação da Escola Carnavalesca | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília
“A ideia é formar novos carnavalescos, fazer uma conexão entre os coletivos da cidade. Que possam surgir novos artistas, mas também pessoas que se articulem, busquem parcerias e patrocínio. É pensar o Carnaval o ano inteiro, assim como vemos no Recife e no Rio de Janeiro”, explica um dos coordenadores da Escola Carnavalesca, Rafael Reis.
Desde o dia 7, sempre aos fins de semana, Reis calcula que cerca de 500 pessoas já procuraram as oficinas para se ‘carnavalizar’. Um dos professores é Leonardo Rodrigues, artista e membro do Calango Careta.
“Queremos trazer novos conceitos para essas pessoas, despertar o talento”, conta. “Mostrar, por exemplo, que os instrumentos de metal não existem somente nas orquestras. Tem no carnaval também e estamos levando isso tudo pro Riacho Fundo, para o SCS e outros lugares”, adianta.
Entre as oficinas disponíveis ainda estão: salsa e bachata; batuque; performance de rua; divindades e dinâmica de criação de arranjo carnavalesco universal. As inscrições estão abertas neste link.
Um novo bloco surge
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A escola também teve, entre seus projetos, capacitar uma turma em bloco de carnaval. No final do ano passado, uma turma de 30 carnavalescos se formou, após aprenderem as mais diversas lições: sopro, percussão, performance corporal e palhaçaria. E, prometem, para esse ano, o desfile do bloquinho Rataria Lunática, em alusão a uma rua chamada de Beco do Rato, no SCS.
“Somos apaixonados pelo carnaval e queremos trazer alegria. Que a população ocupe os mais diversos espaços durante a folia, fazendo um território de festa”, finaliza a aluna Wendy Silvestre, uma das criadoras do coletivo.
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