Silenciosamente ocorre no DF uma emblemática e emocionante disputa pelo comando do Partido Progressista (PP). De um lado, o ex-vice-governador Nelson Tadeu Filippelli, líder máximo do PMDB (agora MDB) brasiliense, que também comanda indiretamente o PP através de seu pupilo, o deputado federal Rôney Nemer, presidente da sigla.
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Filippelli tenta manter o comando do MDB e do PP no DF, mas após ter sido preso em 2017, na Operação Panatenaico, e posteriormente indiciado pela Polícia Federal juntamente com outras 20 pessoas pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude licitatória, o desgaste político do emedebista ficou evidente e incomoda aliados.
Do outro lado está o empresário e ex-vice-governador Paulo Octávio, atualmente vice-presidente do PP, mas que não tem medido esforços no sentido de comandar o partido no DF. Segundo fontes, o dono do PP, senador Ciro Nogueira, amigo de longa data de PO, estaria interessado na troca de comando da sigla no Distrito Federal, principalmente pelo desgate do partido ter, como presidente, o deputado federal Rôney Nemer, condenado por improbidade administrativa em segunda instância, e que pode perder a função a qualquer momento no STF (Só falta o relator, ministro Luiz Fux, colocar em pauta).
As conversas estão adiantadas e caso Paulo Octávio assuma o PP, o próximo passo será se candidatar a senador. Pelas pesquisas, a segunda vaga é dele. A primeira, naturalmente é do amigo Cristovam Buarque (PPS).
E quanto a Filippelli? Tentará de tudo para se elger deputado federal pelo MDB. Isso se a Lava Jato não atrapalhar definitivamente os planos do ex-assessor de Michel Temer.
O jogo já começou. Nas ruas e principalmente nos bastidores.
Fonte: Donny Silva