FILIPPELLI E A “INSTABILIDADE POLÍTICA”

DISTRITO FEDERAL
Filippelli diz que acusações de Arruda visam causar “instabilidade política”

Vice-governador do petista Agnelo Queiroz no Distrito Federal, Tadeu Filippelli é o maior cacique do PMDB em Brasília e responsável pelo afastamento do partido do ex-governador Joaquim Roriz. Em entrevista ao Poder Online (IG), ele confirma os planos de disputar o governo do Distrito Federal, mas diz que não há hipótese de disputar contra o governador Agnelo.

Filippeli afirmou também que vê  nos novos escândalos no DF envolvendo a deputada Jaqueline Roriz e o deputado Chico Leite uma possível estratégia do ex-governador José Roberto Arruda de criar “instabilidade política” em Brasília para se defender.

Poder Online: Dirigentes partidários dizem que é o senhor que tem governado Brasília, e não o Agnelo. Eles estão certos?

Tadeu Filippelli: Não, de forma nenhuma. Eu apenas contribuo no que eu posso e no que tenho conhecimento. É o contrário. Eu acho que o Agnelo se superou ao conseguir montar um governo com todas as vertentes políticas. Foi de uma habilidade fantástica. Ele tem sido muito correto com todos os partidos, e em particular com o PMDB.

Poder Online: Mas o senhor pretende se candidatar ao governo do Distrito Federal?

Tadeu Filippelli: Esses são planos futuros. Mas, antes de ter esse plano, eu te asseguro que não há a menor possibilidade de eu ter uma disputa de votos com o Agnelo, um conflito eleitoral.

Poder Online: Como fica o governo do DF após tantos escândalos, dessa vez envolvendo o deputado Chico Leite, integrante do mesmo partido do governador Agnelo Queiroz?

Tadeu Filippelli: Uma pessoa que pertence a um partido não pode representar o partido, e nem contaminá-lo como um todo. Cada pessoa tem de ser responsável pelos seus atos e o partido, logicamente, tem de reagir. Mas o que estou vendo nos últimos dias é mais o oportunismo de usar o momento em que estamos passando como um fator de instabilidade política. Mas esses assuntos devem ficar a cargo dos órgãos competentes, que são a Justiça, a Polícia Federal e o Ministério Público.

Poder Online: Mas o que o Arruda ganha criando essa instabilidade política no governo?

Tadeu Filippelli: Talvez seja um gesto mais ligado a uma linha de defesa, a uma estratégia de advogados, do que efetivamente um gesto contra o governo.

Poder Online: Outro caso revelado recentemente foi o vídeo da deputada Jaqueline Roriz recebendo dinheiro de Durval Barbosa, pivô de escândalo de corrupção em Brasília.

Tadeu Filippelli: É outro caso que está na mesma esteira da Operação Caixa de Pandora. No momento, está sendo discutido no lugar em que deve ser discutido, que é na Câmara Federal. Seria improdutivo neste momento eu expressar qualquer opinião sobre o processo que ela sofre por quebra de decoro parlamentar. O que o governo tem que fazer agora é virar os olhos para dentro da sua estrutura e da sua máquina e não permitir erros como esse.

Poder Online: E como está sua relação com o ex-governador Rogério Rosso, ele será expulso do PMDB?

Tadeu Filippelli: Qualquer opinião minha a respeito dele pode ser entendida por uma diferença pessoal, por causa da tentativa dele de reeleição. Eu acho que o governo Rosso foi um momento infeliz para Brasília, quando todos aguardavam uma postura de respeito pela cidade. Quanto ao aspecto partidário, ele responde a um processo de expulsão, já em fase final no Conselho de Ética. Prefiro não comentar.

FONTE: PODER ONLINE

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui