Mas o poder de fogo do ex-vice-governador não se limitou ao Poder Executivo Federal, tendo se estendido à Câmara dos Deputados e Câmara Legislativa do DF, onde abriga parentes, ex-assessores e sua noiva. Mas inexplicavelmente o cacique do PMDB-DF deu as costas a ex-candidatos e deixou os parlamentares eleitos a ver navios, tendo emplacado quem realmente considera ser de sua “cozinha”.
Filippelli, que teve sua exoneração do cargo de Chefe de Gabinete do Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, código DAS 101.5, publicada em 1 de outubro, após denúncias que teria empregado familiares nas mais diversas esferas governamentais, e que agora aguarda ser nomeado para um ministério, não vem medindo esforços para tentar recuperar sua força política.
O PMDB-DF, que era uma referência não só em nossa cidade, como força partidária, após se unir com o PT, por vontade própria de Filippelli e de seus aliados íntimos, que na esperança de continuarem recebendo cargos comissionados jogaram a legenda e sua história no ralo, transformaram o partido no Distrito Federal, em mais um partido dentre vários existentes no papel, mas politicamente enfraquecidos e inexpressivos.
A recondução de Tadeu Filippelli ao comando da legenda no DF, com apenas 89 votos dos convencionais, não quer dizer que continue com a mesma liderança política, mesmo comandando o partido com braço forte. Prova disso foi o baixo quórum de presentes na convenção regional que elegeu o Diretório e executiva com o auditório praticamente vazio.
Bons tempos quando o presidente era Odilon Ayres, atualmente vice-presidente. Foi Odilon quem fez o PMDB ser grande no DF, até ter permitido que o recém chegado Filippelli assumisse o partido. O resultado foi o visto neste domingo: uma convenção sem empolgação, propósito e unidade. Lamentável.
Fonte: Donny Silva