Inusitado mesmo foi o cachê pago pela Administração do Recanto das Emas ao Irmão Lázaro, ex-integrante do Olodum baiano. O contrato firmado e intermediado com a suspeita JB Produções e Eventos Ltda-ME, teve o valor fixado em R$ 100.000,00 (cem mil reais) redondos e sem choro, para apresentação no evento “Canta Recanto-2011”, em março deste ano. O cantor gospel, que gravou apenas sete discos na carreira, teve o seu passe valorizado e pago pelo GDF muito mais que o renomado cantor Martinho da Vila, que, “coitado”, recebeu apenas R$ 92.600,00 (noventa e dois mil e seiscentos reais) de cachê para cantar nas comemorações do 51º aniversário de Brasília. A Banda Monobloco, do Rio de Janeiro, também foi desvalorizada e o cachê pago ficou na cifra de R$ 85.000,00 (oitenta e cinco mil reais). Triste mesmo foram os cachês pagos aos músicos do Móveis Coloniais de Acaju, da cantora Célia Porto e do bandolinista Hamilton de Holanda, que receberam 15 mil reais, 12 mil reais e 30 mil reais, respectivamente, para subirem no palco do aniversário de Brasília na última quinta-feira.
A administradora do Recanto das Emas, Izaudete Carneiro De Souza Abrantes, não tem mesmo parâmetro quanto ao valor artístico cultural e muito menos compaixão quando se trata do dinheiro do contribuinte. Para participarem do mesmo evento “Canta Recanto-2011”, contratou as desconhecidas bandas gospel Renovo e Ministério Clóvis Ribeiro por R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).
A derrama do dinheiro público precisa ser investigada. Tem muito “promoter” se passando por Cristo para faturar o dinheiro do contribuinte, isso sem falar em desvios de recursos pelos superfaturamentos dos cachês de cantores de qualidade duvidosa. O ralo está aberto porque todos os contratos foram firmados sob a égide da inexigibilidade de licitação, prevista na lei 8.666/93, um prato cheio para a gastança do dinheiro público.
Fonte: Brasília em OFF