Auditoria publicada pela CGDF aponta que, apenas em uma suposta irregularidade encontrada, o prejuízo aos cofres públicos foi de R$ 125 mil
As apurações ocorreram entre os dias 31 de outubro e 31 de dezembro de 2019 com o objetivo de verificar a regularidade dos processos de contratação de tecnologia da informação pela empresa pública, “bem como avaliar a execução desses contratos quanto aos aspectos de eficácia, eficiência e economicidade”.
Dentre as situações auditadas e classificadas como “grave”, está um possível direcionamento de aquisição de licenças de softwares (Data Discovery), quando a contratação foi direcionada para ser aderida à Ata de Registro de Preços da antiga Secretaria de Fazenda. De acordo com os auditores, a empresa que teria sido beneficiada é a Inteligência de Negócios, Sistemas e Informática Ltda., que já prestava serviço à pasta do GDF.
No documento, a inspeção afirma que a elaboração desse termo de referência “com a predisposição da escolha de determinado fornecedor” fere o princípio da isonomia, favorecendo, explicitamente, a fornecedora da ata aderida. Para essa falha, a CGDF recomenda que a Companhia do Metropolitano instaure procedimento administrativo com vistas a apurar a responsabilidade dos gestores da época por esse direcionamento.
“Diante dos fatos, ficou comprovado que a contratação foi direcionada, uma vez que, antes da elaboração do Termo de Referência e, consequentemente, da definição de suas próprias necessidades e caracterização de forma precisa e adequada dos serviços, a referida Ata já havia sido escolhida pelo Metrô-DF”, registra.