Home Distrito Federal Ibaneis anuncia início do mutirão de cirurgias cardíacas eletivas

Ibaneis anuncia início do mutirão de cirurgias cardíacas eletivas

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O governador do Distrito Federal participou, neste domingo (6/1), na Praça dos Três Poderes, da solenidade de troca da Bandeira Nacional

RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

Nesta segunda-feira (7/1), o Governo do Distrito Federal dará início ao mutirão de cirurgias do coração no Instituto de Cardiologia do DF e ao “terceiro turno” para servidores da Saúde. “Já foram comprados os insumos e eu tenho a certeza que nesta semana não apenas as cirurgias, mas também toda extensão de horário, vão começar a funcionar para cuidar de nossas famílias e de nossas cidades”, disse o governador Ibaneis Rocha (MDB), neste domingo (6/1).

As medidas fazem parte do SOS DF Saúde. Ao todo, o programa prevê mutirões de cirurgias eletivas ortopédicas, cardíacas e oncológicas. Segundo Ibaneis, também haverá a liberação do pagamento de horas extras para funcionários que queiram trabalhar em jornadas extraordinárias, fazendo novos procedimentos, e do horário noturno, no qual, segundo o governador, “existe uma capacidade ociosa na área”.

O emedebista participou, nesta manhã, da tradicional cerimônia da troca da Bandeira Nacional, na Praça dos Três Poderes. Sem a presença do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Ibaneis comandou o evento, que ocorre no primeiro domingo de cada mês. Geralmente, uma corporação federal ou local fica responsável pela solenidade. Neste domingo, o comando foi da Polícia Militar do DF.

 

Centrad e PPPs
Na próxima semana, o governador solicitará autorização dos órgãos de controle para mudar a estrutura governamental para o Centro Administrativo do DF (Centrad), em Taguatinga. O emedebista quer agilidade para a ocupação da nova sede do governo local. “As empresas abriram mão dos valores que tinham para receber, nós já negociamos com os bancos Caixa e Santander e nesta semana vamos expor tudo isso às autoridades”, declarou, no evento deste domingo.

Ibaneis também afirmou que, a partir desta segunda, a equipe econômica do GDF se debruçará sobre as possibilidades de tirar do papel parcerias público-privadas (PPPs). Além da concessão de equipamentos do DF para exploração da iniciativa privada, como o Centro de Convenções Ulysses Guimarães e o Estádio Nacional Mané Garrincha, o emedebista quer investir no mesmo modelo de negócios para a área de transporte e mobilidade.

O governador citou os empreendimentos mais avançados: “saída norte, que é uma obra de mais de R$ 3 bilhões e que resolve todo o problema do trânsito da região”; “[via] Transbrasília, que é um projeto que está pronto para ir à licitação”; “a estação 19 de Taguatinga, que vai se tornar um grande centro de comércio, uma estação moderna com tudo o que se pode imaginar de serviços”.

“Nós queremos fazer com que isso saia o mais rápido possível do papel. Tudo já está muito bem avaliado e amanhã teremos uma reunião para aprovar os projetos para que cada órgão possa liberar as licitações”, afirmou o gestor.

As PPPs são defendidas pelo governo por serem uma modalidade para realizar grandes obras sem que os cofres públicos assumam o valor integral delas. Nesse formato, consórcios assumem o investimento e a coordenação da obra e, em contrapartida, podem explorar comercialmente o local após a inauguração, por exemplo.

Histórico
O imbróglio envolvendo o Centro Administrativo teve início em 2015, quando a Justiça suspendeu o Habite-se concedido pelo governo de Agnelo Queiroz (PT), nos últimos dias de mandato, por supostas irregularidades na construção. Em 2017, foi criada uma força-tarefa após virem à tona denúncias de executivos da empreiteira Odebrecht em delações premiadas e acordos de leniência no âmbito da Operação Lava Jato.

Delatores afirmaram que Agnelo, o ex-governador José Roberto Arruda (PR) e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB) teriam recebido propina pela obra. Todos negam. Diante dos indícios de fraude, pagamentos de propina e superfaturamento, o GDF alegou que o contrato deveria ser cancelado por apresentar irregularidades desde o nascedouro da parceria público-privada. Atualmente, existem mais de 60 ações que embarreiram o negócio.

 

 

Fonte: Metrópoles

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