Liliane quer informações sobre construção de albergue em Ceilândia

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    A presidente da Comissão de Assuntos Sociais da Câmara Legislativa, Liliane Roriz (PSD), decidiu apurar as denúncias sobre possíveis irregularidades na construção de um alguergue de passagem na QNR 02 de Ceilândia. A distrital solicitou informações ao governo do Distrito Federal e requereu o processo que autorizou o início da obra. Segundo moradores, o local era para ser uma estação do Veículo Leve sobre Pneus (VLP), mas acabou tendo a destinação alterada para receber futuramente cerca de 200 moradores de rua. Eles também denunciam danos ambientais.

     

    Em visita ao local, Liliane testemunhou a revolta da vizinhança. Moradores afirmam que, se não houver investimentos em segurança, a obra pode atrair ainda mais criminalidade para a região. “Ao lado desse terreno há uma escola que possui mais de 1,4 mil alunos. Estamos preocupados”, afirma Mônica Silva, uma das lideranças do local. …

     

    O impasse envolvendo a construção do novo albergue em Ceilândia é recente. Desde junho, moradores travam uma batalha com o governo para tentar impedir a construção do prédio no local. Uma manifestação está sendo organizada para abrir o canal de comunicação entre comunidade e governo. “Nenhuma obra que possa gerar impacto para a população pode ser feita sem que antes os prejudicados sejam ouvidos. Isso é autoritarismo”, defendeu a parlamentar.

     

    Liliane frisou que a construção do albergue é necessária para reduzir os registros de moradores de rua em Taguatinga e Ceilândia, onde esses números são elevados, mas é necessário que o governo chegue a um consenso com a população da região. “Governar é definir prioridades depois de ouvir o povo”, disse ela.

     

    O governo destinou à Novacap quase R$ 5 milhões para a construção desse abrigo.  A empresa Engemaxi é a responsável pela obra. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social, quase 30% da população em situação de rua está em Taguatinga e Ceilândia.  “Entendo a importância do projeto, mas não dá para pensar de forma unilateral. Não adianta agradar a um grupo e prejudicar o outro. Temos que pensar pelo bem de todos”.

     

    Pela lei, o governo do Distrito Federal terá 30 dias para prestar as informações requeridas pela parlamentar. Caso não apresente os esclarecimentos, o responsável pela obra poderá ser convocado pela comissão ou mesmo responder por crime de responsabilidade. A parlamentar também não descarta incluir o Ministério Público nas discussões.

     

     

    Fonte: Assessoria de imprensa deputada Liliane Roriz

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