O deputado federal Gilvan Máximo (Republicanos-DF) usou parte de sua cota parlamentar para pagar serviços prestados por uma empresa que pertence a um ex-funcionário de seu gabinete.
A Castelo Branco Serviços de mídia, loja de conveniência e bebidas LTDA pertence, segundo registros, a Filipe Mateus Rodrigues Castelo Branco, que esteve lotado no gabinete do deputado, como secretário do parlamentar, de 27 de abril a 9 de julho deste ano, segundo o site da Câmara.
A empresa de Filipe Mateus emitiu uma nota fiscal no dia 17 de julho no valor de R$ 5.333,33 por serviços relacionados à divulgação de atividade parlamentar de Gilvan Máximo. Mas, de acordo com o documento, os serviços foram prestados a partir do dia 4 de julho, quando Filipe ainda era funcionário do gabinete.
A nota aparece na prestação de contas do deputado e informa que a empresa recebeu a quantia pelos seguintes serviços: “divulgação da atividade parlamentar do deputado Gilvan Máximo, administração de rede s sociais www.instagram.com/gilvanmaximooficial/ , www.facebook.com/gilvanmaximooficial/, twitter.com/gilvanmaximoofc, www.tiktok.com/gilvanmaximoofc” e “criação de cards para veiculação digital em redes sociais”.
A empresa, de acordo com registros, foi aberta justamente no dia 4 de julho. A nota fiscal relacionada ao deputado foi a 3ª na história da empresa. As outras duas não aparecem nos registros.
O site da Câmara diz que os deputados podem contratar de 5 a 25 secretários parlamentares “para prestar serviços de secretaria, assistência e assessoramento direto e exclusivo nos gabinetes dos deputados, em Brasília ou nos estados”.
Procurado, o deputado ainda não se manifestou. Gilvan Máximo foi eleito deputado federal pela primeira vez em 2022. O parlamentar é aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e esteve envolvido no caso do kit robótica com o ex-assessor de Lira, Luciano Cavalcante.