Doença precisa de tratamento rápido e pode deixar sequelas graves
Segundo um estudo publicado no periódico Stroke, da American Heart Association, as mulheres com idades entre 25 e 44 anos têm mais chances de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) do que os homens na mesma faixa etária.
O neurocirurgião Victor Hugo Espíndola explica que atualmente o derrame é uma das principais causas de morte no Brasil. De acordo com o médico, as mulheres têm maior incidência em decorrência da variação hormonal sofrida ao longo da vida. “O público feminino têm 1,5 mais chance de relatar um sintoma não tradicional de AVC. Entre eles, confusão, agitação, alucinações e desorientação”, afirma o especialista.
O neurocirurgião também ressalta os fatores de risco agravantes em mulheres, que são: expectativa de vida maior em relação ao homem, gestação, uso de anticoncepcional, enxaqueca com Aura e Terapia de Reposição Hormonal (TRH). “As mulheres possuem vários picos hormonais durante a vida, além de reposição de estrogênio, seja no anticoncepcional ou na terapia de reposição hormonal pós menopausa, o que aumenta as chances de um AVC”, explica Victor Hugo Espíndola.
De acordo com o especialista em AVC, o derrame acontece quando o suprimento de sangue, que vai para o cérebro, é interrompido ou drasticamente reduzido, privando os neurônios de receber oxigênio e nutrientes. Ou, então, quando um vaso sanguíneo se rompe, causando uma hemorragia cerebral. “ Em caso de suspeita de um AVC é imprescindível buscar ajuda médica o mais rápido possível”, alerta o médico.
O médico também lista alguns sintomas da doença que por muitas vezes pode ser silenciosa. “Formigamento em um lado do corpo, fraqueza, alteração da visão, falta de força pra levantar braços ou pernas, sorriso assimétrico, náusea, vômito e fala embolada, são alguns dos sinais de que você pode estar sofrendo um acidente vascular”, explica Victor Hugo.
Segundo o especialista, existem alguns cuidados com a saúde que podem evitar o Acidente Vascular Cerebral. Confira:
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Controle da hipertensão;
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Controle do estresse;
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Fazer o tratamento indicado para o diabetes;
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Redução nos níveis de colesterol;
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Manter o peso;
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Praticar exercícios físicos regularmente;
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Não fumar ou fazer uso de drogas;
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Evitar o uso excessivo de álcool;
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Manter uma alimentação saudável;
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Check-up regular com ginecologista