Operação Lava Jato: Moro revoga prisões temporárias da 28ª fase

Paulo César Roxo Ramos e Valério Neves Campos podem deixar a prisão

POR FERNANDO CASTRO – DO G1 PR

O juiz Sérgio Moro revogou nesta sexta-feira as prisões temporárias de Paulo César Roxo Ramos e Valério Neves Campos, que haviam sido detidos na 28ª fase da Operação Lava Jato. A prisão deles venceria no sábado (16), mas o juiz decidiu emitir os alvarás de soltura nesta sexta-feira (15). …

 

Os dois foram ouvidos pela Polícia Federal na quinta-feira (14) e, segundo os advogados, afirmaram que são inocentes de quaisquer crimes apontados contra eles. Ao decidir liberá-los, Sérgio Moro afirmou que ambos podem voltar a ser ouvidos “em curto prazo”, mesmo em liberdade.

 

Paulo Cesar Roxo Ramos era assessor do ex-senador Gim Argello (PTB-DF), que foi preso preventivamente na mesma fase da operação. Já Valério Neves Campos é ex-secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

 

O Ministério Público Federal (MPF) chegou a pedir ao juiz que as prisões fossem prorrogadas por pelo menos mais cinco dias. Os procuradores afirmaram que haviam contradições entre os depoimentos prestados po Ramos e Campos, e o que foi dito pelo delator Júlio Camargo no acordo de colaboração.

 

Sérgio Moro respondeu que o depoimento de Camargo é relevante, mas que a atuaçaõ de Ramos e Neves no esquema de corrupção narrado é de menor importância. “Não vislumbro, no contexto, razão suficiente para a prorrogação da prisão temporária”, afirmou o juiz.

 

Outras doações

O juiz afirmou que entre as contradições dos depoimentos dos presos e o de Júlio Camargo estão outras doações recebidas por Gim Argello de empresários investigados na CPI da Petrobras. Na ação que levou à prisão de Argello, foram identificados pagamentos de R$ 5,35 milhões das empreiteiras UTC e OAS para que os executivos delas não fossem levados a depor na CPI.

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