As eleições da OAB se aproximam e, com elas, os grupos políticos tradicionais se formam visando disputar mais um pleito da ordem
Por Donny Silva*
De um lado, temos o grupo da situação, denominado Laranja (Flamengo), que comandou os destinos da entidade, nos 6 últimos anos, sem nenhuma novidade e trocando as figurinhas do Lago Sul: agora a bola da vez é Poli (preferido do cacique Delio).
Como sempre fazem e sem gerar oxigenação interna no próprio grupo, que dirá mudanças para a advocacia, que vem penando atualmente, sendo a marca registrada do grupo, a omissão as prerrogativas e desvalorização da classe e só sabem falar que a OAB não será puxadinho de ninguém, sendo que o grupo laranja é o puxadão estatal atualmente.
Do outro lado, se encontra o grupo Verde (Fluminense), um grupo semi-situacionista, com supostos opositores, estilo MDB na ditadura, que na verdade não se opõem a nada, só a cada 3 anos, quando tem eleições, de forma oportunista, somados com o apoio da Conselheira Federal Cris Damasceno e o Presidente da CAA/DF, Eduardo Uchoa, que resolveram só se indignar com a situação, depois de participarem da mesma, durante 5 anos e meio. O estilo desse grupo é Elitizado, resolvem as questões da Advocacia em grandes mesas de restaurantes caros no Lago Sul, com normalmente meia dúzia de “líderes”.
O que há em comum entre esses dois grupos? Se revezam no poder há 20 anos na OAB/DF, gostam muito de vinho e poder e quase nada da advocacia. Os dois grupos não conseguiram fiscalizar o piso salarial no DF, não conseguiram dar autonomia às Subseções, não conseguiram democratizar o quinto constitucional, retroagiram nas prerrogativas, entre outras ações lamentáveis, como por exemplo, o risco de se acabar a sustentação oral nos tribunais, por omissão de ambos, que deixaram a situação chegar nesse ponto.
Além de não fazerem nada pela advocacia, os dois são pertencentes a Beto Simonetti, ou seja, os dois grupos são situação! A advocacia está cansada desses dois grupos que se revezam no poder e tratam a advocacia por intermédio de “pão, circo e choppinho” de 3 em 3 anos; está cansada desse clássico político tradicional e que não mostra nada de novo a advocacia, a não ser o modus operandi arcaico, mudando somente o nome dos personagens.
A classe deseja a modernidade, uma SAF, como a mais exitosa no Mundo (Manchester City – Azul), em que os acionistas (advogados e advogadas) ditem as regras e que traga o novo, a mudança para a advocacia, tirem a advocacia do saldo negativo e deixem ela no azul.
Se a advocacia quer mudar a sua casa, nada melhor do que o azul, que representa os advogados comuns e que não terá nenhum anúncio impactante em site esquerdista de apoio de “a” ou “b”, mas já possui o que realmente importa, o apoio da base, da massa da Advocacia, que no final das contas é quem realmente irá definir o pleito da ordem.
Os azuis significam o respeito novamente que a advocacia do DF merece.
*Donny Silva é Jornalista, Administrador e editor-chefe do site donnysilva.com.br