Enquanto isso, na Câmara Legislativa do Distrito Federal, contrariando as expectativas dos deputados da oposição, o projeto de decreto legislativo nº 89/20 – que susta os efeitos de recente decreto do governador Ibaneis Rocha aumentando as passagens do transporte público coletivo – acabou não sendo votado na sessão desta quarta-feira (5). Após consulta aos líderes de bancadas, o PDL foi retirado da pauta do dia e segue sem data para a apreciação.
O deputado Chico Vigilante (PT), um dos signatários do PDL, alegou que o grupo de trabalho “não fez o dever de casa e não respondeu no prazo estabelecido”. E o deputado Leandro Grass (Rede) ponderou que há estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e relatório da CPI do Transporte Público, da última legislatura, que contrariam a necessidade de reajuste nos bilhetes. Já a deputada Júlia Lucy (Novo) afirmou que o governo do DF não soube sequer explicar o motivo do percentual de aumento; no caso, de 10%.
Autor do projeto, o deputado Fábio Felix (PSOL) considerou que a decisão “vira as costas para a população”. Conforme salientou, o recente aumento nas passagens foi o maior do Brasil, e hoje o brasiliense paga o maior valor de passagem de todo o País. “E o que estamos fazendo? Nada”, reclamou.