Tem alguns indivíduos no DF que se apresentam como outsiders, ou seja: acham que por não serem do meio político, terão mais chances de disputar as eleições de 2018 com vantagem. Mas não é bem assim.
No caso dos prefeitos de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, respectivamente Doria e Crivella, considerados equivocadamente outsiders, tinham um grau de conhecimento que superava os 80%. Também em Belo Horizonte, o empresário Kalil, por ter sido presidente de um grande clube de futebol, já era conhecido e virou prefeito.
Enquanto isso, aqui no DF, dois nomes tentam se apresentar junto ao eleitor brasiliense como outsiders e acham que têm grandes chances de vencer a disputa pelo Buriti: O empresário Wanderley Tavares e o advogado Ibaneis Rocha. Ambos não são conhecidos por boa parte do eleitorado brasiliense e definitivamente não há tempo para a construção de um projeto viável ao Buriti, porque simplesmente o eleitor os desconhece completamente.
Ibaneis presidiu a OAB-DF, que para os eleitores mais carentes, títulos não importam. E Wanderley é conhecido por ser irmão do pastor Egmar Tavares, que já disputou várias eleições mas que nunca conseguiu ser eleito, nem para federal nem para distrital, apesar de ser da igreja Assembleia de Deus de Madureira.
Doria, Crivella e Kalil já eram conhecidos, assim como Tiririca também já era conhecido quando decidiu disputar uma eleição para deputado federal – e venceu! Aqui no DF, o atual senador Antônio Reguffe era um jovem jornalista que apresentava um programa de entrevistas na TV Apoio. Lá fez seu nome e depois disputou uma vaga de distrital. De lá para cá todos sabem de sua trajetória política.
Os tempos são outros e pessoas que não são acostumadas a ler jornais, assistir telejornais, acompanhar blogs ou ouvir notícias pelo rádio, acham que Doria apareceu da noite para o dia e pronto. Virou prefeito! Doria já tinha nome, assim como o senador Marcelo Crivella e o empresário Kalil.
O eleitor está muito atento e não vai mais engolir ‘postes’ sendo apresentados como ‘salvadores da pátria’. Já basta o ex-presidente Lula ter indicado, apoiado e ajudado eleger Dilma Rousseff, que nunca havia disputado eleição sequer para vereadora, mas que já havia levado à falência até mesmo a loja de 1,99 que havia montado no Rio Grande do Sul.
Por outro lado, para os candidatos a outsiders, é preciso lembrar que a próxima campanha eleitoral será curta. Terá mais chances quem tiver grandes partidos reunidos em torno de um só nome, e que o mesmo seja conhecido pela população. Não há tempo de inventar novas fórmulas. Não há espaço para aventureiros, e o eleitor que candidatos honestos, experientes e que saibam se comunicar diretamente com o seu eleitor.
Brasília já paga um alto preço por escolhas equivocadas. É preciso muita calma na hora de votar nas próximas eleições. Chegou a vez da razão na hora de digitar o número do candidato.
Fonte: Donny Silva
Fonte: Donny Silva
