A Lei aprovada pela Câmara Legislativa e sancionada pelo governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB) no dia 13 de Julho, que torna as atividades religiosas essenciais, não tem agradado as lideranças de templos menores e médios, porque as mesmas ficaram impedidas de ter cultos presenciais. Confira a seguir, entrevista com o Pastor João Dito:
DONNY SILVA: O que o senhor acha da Lei que tornou as atividades religiosas como serviços essenciais?
JOÃO DITO: Acredito que foi ótima e concordo com a Lei, pois a população precisa de um apoio espiritual nesse momento tão difícil que o mundo vem enfrentando com a pandemia.
DONNY SILVA: Os templos menores e médios poderão ter cultos presenciais?
JOÃO DITO: Aí está o problema, pois, houve uma certa divisão e ainda que eu veja que os templos menores e médios são os que mais dão assistência às famílias, não houve benefício para esses templos terem os cultos presenciais e nem uma reposta de quando poderá ser e quando irá acontecer, e nesse momento eu observo que é como se a gente não existisse, é o sentimento que eu tenho nesse momento.
DONNY SILVA: Como as lideranças estão recebendo essa Lei ? E como eles tem passado nesse período de pandemia?
JOÃO DITO: Bom, os templos menores e médios sempre tem cumprido com as determinações do poder Executivo e das questões sanitárias, e sempre esperando com muita cautela as determinações do Governo do Distrito Federal. A situação dos templos menores e médios tem sido crítica, pois além da maioria estar em lugares de população carente, muitas que vivem de aluguel não tem conseguido arcar com os aluguéis e com outros débitos, como água, luz, IPTU e etc. As lideranças fazem com amor todas as atividades para a comunidade, e tem recebido essa lei com uma certa tristeza, pois ficam sem um direcionamento de lideranças da nossa cidade, como por exemplo a Câmara Legislativa que parece não se importar com essas lideranças de templos menores e médios.
DONNY SILVA: Os templos menores e médios têm condição de cumprir com as exigências e protocolos sanitários, como por exemplo, o distanciamento social?
JOÃO DITO: É claro que sim! E vejo que ainda possui condições com mais facilidade, por exemplo, um templo que comporta 100 pessoas, se for permitido a capacidade de 30% então teremos somente 30 pessoas, ainda com o distanciamento social e olha que tem templos que tem 50 membros, então teremos em um culto presencial em torno de 15 membros. Essas instituições sempre cuidaram de vidas de forma voluntária e sempre fizeram por amor e com todos os cuidados necessários.
DONNY SILVA: Como tem sido o crescimento dos templos menores e médios no Distrito Federal?
JOÃO DITO: Bom, vemos que tem crescido de forma grandiosa, por estar mais perto da comunidade e isso eu volto a dizer que os membros não precisam pegar ônibus e metrô, pois já estão próximos de suas casas. Você vê que toda rua que você anda nas cidades satélites do Distrito Federal esses templos estão ali, são instituições religiosas independentes, que não estão ligadas aos grandes conselhos e convenções, por isso esses grandes conselhos e convenções não podem ter um rol associados a essas instituições, pois elas são independentes com CNPJ próprio e regulamentações internas da própria entidade.
DONNY SILVA: O senhor faz parte do Governo, e como analisa essa situação?
JOÃO DITO: Bom, eu estou no GDF e acredito que o meu pensamento e a minha liderança, antes de eu estar nesse governo sempre exerci. É claro, que não estou afrontando as medidas sanitárias do Poder Executivo, mas não posso me abster de ser uma voz para quem não tem. Eu agradeço muito ao Vice-Governador Paco Britto, ao que sempre esteve atento e tem nos auxiliado na área social, e na área de interesses das igrejas independentes. Mas eu acho que ser do Governo, não me impede de lutar pelas instituições que eu sempre defendi, inclusive na campanha. Nós estivemos juntos como igrejas independentes, com um grupo de pastores e lideranças dessas instituições.
DONNY SILVA: Como o senhor acha que ficará essa situação das igrejas independentes que não tem cultos presenciais?
JOÃO DITO: Bom, eu acho que a gente tem caminhado no caminho do diálogo, com várias autoridades, inclusive temos procurado todas elas para esse diálogo, e vale lembrar que todos esses segmentos estão aí quase em sua normalidade, comerciantes estão com as portas abertas, academias, shoppings, salões de beleza, etc. Nenhum desses segmentos foram divididos entre grandes e pequenos. Todos abriram acompanhados de decreto de um segmento só, assim cumprindo todos os protocolos de saúde pública. Da mesma forma eu entendo, que os templos menores e médios, podem sim ter seus cultos presenciais cumprindo todos os protocolos de saúde pública.
Desculpa más parece uma guerra santa! Os deputados que aprovaram o decreto q as igrejas são atividades essenciais, não tiverem o zelo de pensar nas igrejas menores, um descaso ou porque não dizer que atenderam os interesses dos grandes, algo muito estranho nisso daí ou vale pra todos ou não para prejudicar os menores que ao se juntarem se tornam grandes ao ponto de eleger em 2022, deputados distritais e federal.