Patrício, Aylton e Karolina (com K) rompem casamento mal feito

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    por José Seabra

     

    Orgasmo de campanha publicitária nem sempre acha um ventre puro


    No jornalismo, o anúncio é visto sob vários ângulos. O jornalista sonhador – aquele que ama a profissão e promete que vai mudar o mundo -, garante que é o anúncio que embeleza o layout do veículo de comunicação.

    Infiltrados nesse grupo dos apaixonados estão os agnósticos, que aceitam a presença da peça publicitária exclusivamente por render bons vinténs em até 30 dias, embora haja casos de uma quinzena fora o mês.

    Não poderíamos deixar de mencionar os jornalistas preguiçosos, que torcem muito pelo anúncio, porque, na cabeça deles, não há dinheiro, não há beleza, não há qualquer outro motivo que seja mais importante do que o espaço que a peça publicitária ocupa. Afinal, quanto maior o espaço, mais palavras serão poupadas, o que já é um troféu para os inertes.

    Personalidades à parte, o anúncio publicitário hoje poderia ser comparado ao casamento arranjado à moda antiga. Daqueles que quando a mocinha casava, levava a mãe junto. A relação que tratamos é maios ou menos assim: se a noticia é o bom partido, o anúncio é a sogra, vai na cola. Para ser ter a mocinha, precisa da sogra. Para se ter notícia, é o anúncio que precisa ser cortejado. Questão de lógica.

    É claro que as interpretações dessas comparações tão criativas vão além da imaginação. Mas o que tem que ficar claro é que, apesar das mentes fecundas, a relação é séria. Principalmente quando há o pedido formal. E isso vale para os dois casos.

    No relacionamento, quando há o pedido, há o casamento. Aquela parceria está firmada, quase que como um contrato. No jornalismo também. Quando o anunciante pede o espaço, ali se dará também o início de um compromisso.

    No rol da imaginação, pode-se viajar mais longe. Para selar aqueles antigos relacionamentos, a virgindade da moça era utilizada. Se fosse “pura”, casava. Caso contrário, sofria com a alcunha de mundana.

    Na relação imprensa-anunciante, a virgindade poderia vir a ser a peça publicitária. Se foi publicada, não há o que se dizer: tem que honrar o compromisso.

    Essa comparação se deve apenas para lembrar à Casa de Leis da capital da República, formalmente conhecida como Câmara Legislativa, que apesar de antigo, o ritual existe, sim. Do casamento antiquado, nem tanto. Mas o da publicidade, esse continua a todo vapor.

    Não adianta disparar galanteios e anúncios se não há a capacidade de honrar aquele compromisso. Se a culpa é de Patício, Aylton, de Karolina com K ou de qualquer outra pessoa, não importa. O que se sabe é que noivos frustrados estão com pedidos de casamento feito pelo poder Legislativo brasiliense, sem que consiga honrá-los.

    Os mais afoitos acusam o presidente de caloteiro. Os colegas responsabilizam a incompetência da atual gestora. Mas há ainda os que dizem que a culpa, na verdade, é de um pandorista, que fica sentado sobre os empenhos e que só libera se for muito bem motivado.

    Independentemente do motivo, em alguns casos, a tradição precisa ser respeitada. A Câmara Legislativa tem de honrar sua palavra ao cumprir todos os compromissos acertados. Prcisa agir com seriedade, para não arrastar parlamentares sérios para a lama em que afundam.

    Aos apressadinhos, um lembrete: não se legisla aqui em causa própria. Mesmo porque, o Grupo Notibras de Comunicação, que edita o portal de notícias Notibras.com, recusou o pedido de casamento daquela Casa. O motivo é simples: o dote da noiva não estava à altura dos nossos produtos.

    GNC lamenta, sim, o que temos testemunhado – uma grande desilusão que atinge outros veículos, cujo peso do nome vale como ouro. Ou tanto quanto outros metais ainda mais preciosos. Que o diga a Vênus Platinada.

    Entendemos que calhordas não podem aparecer às custas de empresas sérias. No caso específico de Notibras, o mercado sabe que se fez, tem que casar.

     

     

    Fonte: Notibras

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