Patrício e as 72 horas que o separam da Operação Cachorro Doido

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    Depois do alívio quando da desistência do deputado Wellinton Luiz que iria ocupar o cargo de corregedor, parece que o final de semana será longo e trabalhoso para alguns aliados do deputado Raad Massouh.

     

     

    O sossego durou pouco, esta semana todos foram surpreendidos com a candidatura do deputado Patrício para ocupar a vaga, o que causou na Câmara Legislativa um grande desconforto até mesmo no seio da bancada petista, mas ninguém quer assumir publicamente. …

     

    É de se estranhar que repentinamente alguns parlamentares que até o final do ano eram pública e totalmente favoráveis à abertura das investigações contra Raad, hoje mudaram de opinião e trabalham com afinco para não permitir a condução de Patrício ao cargo pretendido, o gesto soa para outros membros da casa, contrários a “blindagem” do parlamentar do PPL, como uma operação de alto risco.

     

    Deputados ouvidos  pelo blog disseram que quando das negociações para a eleição da mesa diretora, um dos assuntos seria “a solução sumária, para isso seria usado o argumento de que o caso já estava na justiça e seria melhor esperar”.

     

    Outro parlamentar informou que até o nome do corregedor já haviam escolhido, mas vazou para imprensa e o assunto publicamente foi dado como encerrado, não se escolheria, deixariam para 2013.

     

    Nos bastidores porém, afirma o mesmo parlamentar que o assunto não morreu, e “durante o garimpo dos votos  para a eleição da mesa diretora, foi  garantindo ao deputado Raad todo empenho para não deixar que prosperassem as investigações contra ele,  naquela ocasião o importante era garantir o seu voto.”

     

    A história foi confirmada com detalhes por um dos participantes das conversas que tinham como objetivo angariar votos para impor uma derrota a chapa encabeçada por Wasny com apoio do buriti, mas faltava um voto, dois parlamentares foram procurados pela chapa alternativa, um deles foi Raad, com a garantia de apoio, Raad confirmou, não votaria em outro candidato que não fosse Wasny.

     

    A súbita pretensão de Patrício em ocupar o cargo de corregedor pode atrapalhar alguns compromissos supostamente assumidos com o deputado Raad Massouh, “Patrício não se prestaria a acobertar qualquer tipo de ilegalidade cometida por qualquer um de nós”, revela um dos parlamentares que o apoia para o cargo. O tema foi bastante debatido durante a semana.

     

    Até a reunião do colégio de lideres que estava marcada, foi cancelada e transferida para segunda feira, “muito estranho, parece que estão querendo ganhar tempo. Muito estranho”, comenta um distrital.

     

    O que há de estranho nisso tudo são os métodos  usados por alguns indivíduos que nos bastidores da política do DF, dissipam suas táticas desmoralizadoras contra  quem afronta seus interesses.

     

    O que se comenta nas últimas horas, é a possível distribuição de um dossiê apócrifo com supostas denúncias contra o deputado Patrício, o plano é distribui-lo às redações neste final de semana, constranger o parlamentar e forçar a sua renúncia. Vale tudo para se manter o compromisso assumido para ajudar o deputado Raad Massouh.

     

    Agora é tudo ou nada, Patrício recua  e desiste, ou é eleito corregedor.

     

    É a operação cachorro doido.

     

    Fonte: Edson Sombra

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