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Policiais Militares em ronda: interrupção do plano foi revogada e, aos poucos, o atendimento nos hospitais e clínicas deve voltar ao normal |
A suspensão temporária dos atendimentos pelo plano de saúde da Polícia Militar do DF (PMDF), na última segunda-feira, foi considerada, pelo governador Agnelo Queiroz (PT) um atentado “gravíssimo” contra os policiais militares. O chefe do Executivo garante que a justificativa do Departamento de Saúde e Assistência ao Pessoal da corporação para cancelar o serviço até 31 de dezembro deste ano — a falta de recursos orçamentários — não é válida. “Sempre esteve e continua ativo (o convênio). A suspensão foi um ato intempestivo e até irresponsável porque tem o recurso. São R$ 40 milhões no Fundo Constitucional e R$ 32 milhões no Fundo de Saúde, portanto não é por falta de dinheiro”, disse ontem, durante evento no Hemocentro.
Indignado com a situação, Agnelo passou a tarde reunido com o comandante-geral da Polícia Militar, Jooziel de Melo Freire, para avaliar a crise. Reclamou de que a categoria, que vai às ruas em situação de risco, não pode ser exposta sem um plano de saúde. A primeira consequência será a exoneração, que sairá publicada hoje no Diário Oficial do DF, do diretor do Departamento de Saúde da PM, coronel Sérgio Luiz de Souza Cordeiro. Outros oficiais podem ser afastados. O governador determinou também a abertura de inquérito na Polícia Militar e uma investigação na Secretaria de Transparência. “Está caracterizada uma sabotagem. Um coronel teve a ousadia de colocar a família de policiais militares em risco”, disse Agnelo.
A decisão do Departamento de Saúde foi cancelada na terça-feira. Aos poucos, as 17 unidades de saúde, entre hospitais e clínicas, retomam o convênio. Três prestadoras procuradas pelo Correio, porém, afirmaram que ainda não atendem os militares, ativos e inativos, e familiares. Por telefone, as recepcionistas dos hospitais Santa Marta, Maria Auxiliadora e São Francisco disseram que não sabem da revogação. “Ainda está suspenso. Ninguém nos informou e continuamos sem aceitar. Pelo sistema, está até bloqueado”, explicou uma atendente. O comandante-geral da PM garantiu ontem ao governador que a situação será normalizada imediatamente.
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