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Preocupados com o Brasil, Izalci e Damares votaram contra a Reforma Tributária do governo Lula

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Apesar dos supostos benefícios anunciados pelo governo lulista, a pior consequência, do ponto de vista de empresários e consumidores, é o aumento da carga tributária em determinados setores.

Por isso, da bancada do Distrito Federal, o senador Izalci Lucas (PL-DF e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) votaram contra. A esquerdista Leila Barros (PDT) votou a favor.

“Sou um defensor da reforma, tem 30 anos que a gente luta para ter a reforma. Mas qual é a reforma? Essa? Não foi por essa que eu lutei, essa que passa para o consumidor um encargo violento, um consumidor que não tem contrapartida nenhuma. Você paga uma carga tributária imensa, não tem nada de contrapartida, e parece que é normal aprovar de qualquer jeito aqui — afirmou Izalci.

O projeto de lei que regulamenta a Reforma Tributária foi aprovado no plenário do Senado na semana passada.  Foram 49 votos a favor e 19 contra. Foi aprovado o texto-base do PLP 68/2024 conforme relatório da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do senador Eduardo Braga (MDB-AM). As bancadas do PL e do Novo foram contra. Agora, serão apreciados os destaques.

Esse significativo aumento da carga tributária pode afetar negativamente a competitividade das empresas, especialmente aquelas que operam com margens de lucro mais estreitas. O Brasil é o país com maior número de taxas e contribuições do mundo, mostra levantamento de especialista da consultoria KPMG.

Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário ( IBPT) revela que, de 30 nações, o país oferece o menor retorno em bem- estar aos cidadãos, mesmo com carga tributária de 35,42% do PIB.

O brasileiro que toma um cafezinho na padaria paga 16,5% de imposto sobre o pó de café, mais 30,6% sobre o açúcar, sem falar nos 37,8% de taxas que incidem na água. Para os especialistas, os impostos embutidos nos preços de cada produto, como o cafezinho, são os piores, porque são pagos igualmente por quem ganha R$ 100 mil ou um salário mínimo. Proporcionalmente, é o cidadão com renda menor que paga mais. O Brasil é o país com a maior carga tributária em impostos invisíveis pagos na ponta do consumo.Muita gente nem se dá conta, mas o país vive sob uma montanha de impostos.

No Brasil, os impostos sobre o consumo equivalem a 70% da arrecadação. No Chile, eles são responsáveis por 50,1% da arrecadação, no Japão, por 18%, no México, por 54% e nos EUA, 17,9%, segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico ( OCDE).

Alguns partidos ficaram divididos. O senador Sérgio Moro, do União Brasil/PR, votou a favor junto da maioria de bancada. Mas Márcio Bittar do Acre foi contra. O mesmo ocorreu no Podemos, apenas um votou desfavorável: Marcos do Val.

Mais uma vez o povo vai pagar a conta para que políticos continuem tendo vida de reis e rainhas.

Veja como os partidos se posicionaram:

Orientações de bancada

PSD: sim

MDB: sim

PP: sim

PSB: sim

PDT: sim

Governo (PT): sim

REPUBLICANOS: liberou

PODEMOS: liberou

Bancada feminina: liberou

PL: não

NOVO: não

Oposição: não

Minoria: não

 

 

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