O Instituto Aço Brasil está divulgando hoje em seu site, os dados referentes ao mês de abril de 2020.
Esses dados indicam quedas significativas em relação ao mês de março deste ano. A produção caiu 32,7% e as vendas internas 34,4%. O consumo aparente de aço sofreu queda de 31% e as exportações de 36,5%, em função das condições adversas do mercado internacional.
“Esses dados demonstram a gravidade da crise de demanda que a indústria de aço está enfrentando, o que a levou a operar com apenas 42,2% de sua capacidade instalada, quando deveria estar operando acima de 80%”, diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil.
A indústria de transformação vive situação semelhante, fruto das necessárias medidas de isolamento social tomadas para enfrentamento da pandemia. “A manutenção, entretanto, dessa situação, sem que ocorram flexibilizações, levará a novas paralisações de equipamentos, fechamento de plantas e ao consequente aumento do desemprego. Cabe ressaltar que a indústria brasileira do aço entende que a flexibilização deve ser feita com base em protocolos de segurança que protejam a população, tendo como prioridade absoluta a saúde”, afirma Lopes.
O Aço Brasil está divulgando hoje também o Índice de Confiança da Indústria do Aço do mês de maio, que retrata essa situação.
“O ICIA, que atingiu o índice de 26,9 pontos indica que os CEO´s do setor continuam sem confiança tanto sobre a situação atual quanto as expectativas para os próximos meses”, finaliza Marco Polo.
Acesse os dados estatísticos de abril do setor: https://bit.ly/3d1tA2l
Acesse o vídeo do presidente executivo do Aço Brasil e o ICIA de maio: http://bit.ly/2ZxdFFj
A produção brasileira de aço bruto alcançou 10,0 milhões de toneladas nos quatro primeiros meses de 2020, o que representa uma quedade 14,3% frente ao mesmo período do ano anterior. A produção de laminados no mesmo período foi de 7,1 milhões de toneladas, quedade 9,3% em relação a 2019. A produção de semiacabados para vendas totalizou 2,7 milhões de toneladas no acumulado de 2020, uma queda de 13,2% na mesma base de comparação*.
As vendas internas foram de 5,6 milhões de toneladas de janeiro a abril de 2020, o que representa uma queda de 9,5% quandocomparada com igual período do ano anterior.
O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 6,2 milhões de toneladas no mesmo período, o que representa uma quedade 9,4% frente aos primeiros quatro meses de 2019.
As importações alcançaram 705 mil toneladas no acumulado do primeiro quadrimestre de 2020, caindo 17,8% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 745 milhões, uma queda de 13,4% no mesmo período de comparação.
As exportações atingiram 4,1 milhões de toneladas e US$ 2,1 bilhões de janeiro a abril de 2020. Esses valores representam, respectivamente, uma queda de 5,1% e de 17,5% na comparação com o mesmo período de 2019.
Dados de abril de 2020
Em abril de 2020 a produção brasileira de aço bruto foi de 1,8 milhão de toneladas, uma queda de 39,0% frente ao mesmo mês de 2019. Já a produção de laminados foi de 1,2 milhão de toneladas, 36,6% menor do que a registrada em abril de 2019. A produção de semiacabados para vendas foi de 599 mil toneladas, representando queda de 23,8% em relação ao mesmo mês de 2019*.
As vendas internas recuaram 35,6% frente a abril de 2019, atingindo 976 mil toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 1,1 milhão de toneladas, 34,6% abaixo do apurado no mesmo período de 2019.
As importações de abril de 2020 foram de 186 mil toneladas e US$ 182 milhões, o que resulta uma queda de 24,0% em quantum e de 19,8% em valor na comparação com o registrado em abril de 2019. As exportações foram de 883 mil toneladas e US$ 481 milhões, o quesignifica queda de 17,0% e de 21,9%, respectivamente, na comparação com o mesmo mês de 2019.
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*Devido a uma perda que ocorre durante o processo produtivo do aço, a soma da produção de laminados e semiacabados para vendas não equivale ao total da produção de aço bruto.