Astrominas, projeto da USP, conecta meninas nas áreas de astronomia, física e matemática; as inscrições são para jovens entre 14 a 17 anos de todo o Brasil até o dia 29 de maio
Já estão abertas as inscrições para a edição 2022 do Astrominas, projeto da Universidade de São Paulo (USP) que oferece palestras sobre as áreas de Astronomia, Física, Geociência, Astrobiologia, Ciências Atmosféricas e Matemática para meninas entre 14 e 17 anos. As atividades são interativas e incluem rodas de conversa, experimentos e atividades com profissionais e cientistas que participam de pesquisas de ponta.
O objetivo do projeto é aproximar a entrada de jovens alunas à universidade, tornando próximo o contato de meninas com mulheres cientistas, incentivando a entrada nas carreiras de Ciência e Tecnologia.
As inscrições poderão ser feitas até o dia 29/05 através do formulário online disponibilizado no site do evento. O Astrominas 2022 é gratuito, online e recebe inscrições de todo o Brasil. Para se inscrever, a aluna precisa se identificar com o gênero feminino (cis ou trans), ter entre 14 e 17 anos completos até 30/06/2022 e estar regularmente matriculada em uma escola de Educação Básica pública ou privada.
O projeto foi criado, em 2019, a partir de um grupo de mulheres do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP) e outros institutos da área de exatas.
Segundo dados do IBGE divulgados em 2021, as mulheres ainda representam a minoria entre os alunos matriculados na graduação de áreas ligadas às ciências exatas. A pesquisa intitulada “Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil” revela que o público feminino representa apenas 13,3% dos alunos de Computação e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e 21,6% dos cursos de engenharia e profissões correlatas.
Para o Professor de Física da USP e Coordenador do Projeto BINGO, único radiotelescópio em construção no Brasil, Elcio Abdalla, o projeto Astrominas é de extrema relevância.
“De fato, ainda hoje, a participação feminina, apesar de crescente, ainda está bastante aquém do desejado. Entre o grupo de pesquisadores jovens em posição de liderança do projeto BINGO, a quem damos o status de construtores, que são em número total de oito, temos quatro representantes do sexo feminino. Já as estudantes de pós-graduação da USP trabalhando no radiotelescópio representam apenas 17%. Deste modo, esforçamo-nos para que a participação seja igualitária”, finaliza Abdalla.