Pesquisadores realizam análises sobre a qualidade da água em área onde desabou ponte que liga os estados de Tocantins e do Maranhão
Brasília (DF) – O Serviço Geológico do Brasil (SGB) iniciou, na quinta-feira (26), a coleta de amostras no Rio Tocantins para monitorar a vazão e a qualidade da água na região onde desabou a ponte entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). O acidente, ocorrido no domingo (22), resultou na queda de três caminhões que transportavam 25 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, produto químico corrosivo.
“Diante desse grave acidente, com potenciais impactos na saúde da população e no meio ambiente, é fundamental a união de esforços para oferecer uma resposta rápida e apoiar as ações dos municípios. Estamos contribuindo no monitoramento do rio para gerar informações sobre a qualidade das águas. Prestamos nossa solidariedade às famílias das vítimas e estamos à disposição para colaborar”, enfatiza o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo.
Há 19 municípios que podem ser impactados por possíveis consequências do acidente, sendo oito no Maranhão (Campestre do Maranhão, Estreito, Governador Edison Lobão, Imperatriz, Porto Franco, Ribamar Fiquene, São Pedro da Água Branca e Vila Nova dos Martírios) e 11 no Tocantins (Aguiarnópolis, Carrasco Bonito, Cidelândia, Esperantina, Itaguatins, Maurilândia do Tocantins, Praia Norte, Sampaio, São Miguel do Tocantins, São Sebastião do Tocantins e Tocantinópolis).
Trabalho em campo para medir vazões
A diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do SGB, Alice Castilho, explica que as medições das vazões são importantes para avaliar a diluição e transporte dos contaminantes, caso houver. Ao mesmo tempo são realizadas coletas coletas de amostras nos mesmos locais: montante da ponte do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes; Porto Franco (MA) e duas captações na cidade de Imperatriz do Maranhão (MA).
As amostras serão enviadas para análise de laboratórios especializados da Embrapa e Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). “Por enquanto, os parâmetros analisados no local estão de acordo com a série histórica, isso significa que estão normais, porém precisamos aguardar as análises de outros parâmetros específicos que serão realizadas nos laboratórios”, afirma.
De acordo com a chefe do Departamento de Hidrologia do SGB, Andrea Germano, engenheira e coordenadora da ação, no primeiro dia de trabalho em campo foram realizadas as medições de quantidade e a qualidade da água entre a Barragem do Estreito e a ponte do DNIT; e em Porto Franco.
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