O terrorista italiano Cesare Battisti já está a caminho de Roma, onde deve desembarcar no aeroporto de Ciampino por volta das 11h da manhã desta segunda-feira (14), escoltado por policiais italianos.
O avião que o leva decolou do aeroporto Viru Viru, em Santa Cruz de La Sierra, cidade a cerca de 850 quilômetros da capital La Paz pelas 19h deste domingo (13). Como entrou ilegalmente na Bolívia, o bandido foi expulso do país e entregue aos investigadores da Itália que o prenderam.
Em uma mensagem no Facebook, o premiê italiano confirmou que o criminoso chegará em Roma nesta segunda-feira. Ele foi duas vezes condenado à prisão perpétua pelo assassinato covarde de quatro pessoas.
Barba falsa
Battisti caminhava por uma rua de Santa Cruz de la Sierra quando foi abordado pela Interpol e por agentes bolivianos. Usava uma barba falsa e tinha com ele um documento de identidade com seu nome e data de nascimento.
O terrorista estava sozinho no momento da captura, por volta das 17h de sábado (19h no Brasil). De acordo com o relato do jornal, ele não opôs resistência. Vestia calça e camisa azuis e usava óculos escuros. Levado a um carro de polícia, manteve-se em silêncio.
Uma equipe especial da polícia italiana deslocou-se para a cidade boliviana pouco antes do Natal, após receber dicas de informantes. A informação de que Battisti fugiu em direção à Bolívia foi avançada em primeira mão pelo jornalista Cláudio Humberto, colunista do Diário do Poder.
Conversa com Bolsonaro
O premiê italiano agradeceu às autoridades bolivianas e ao presidente Jair Bolsonaro, com quem falou por telefone.
“Estamos satisfeitos com esse resultado que nosso país espera há muitos anos”, escreveu o premiê.
Segundo anunciou o ministro da Justiça italiano, Alfonso Bonafede, Battisti será encaminhado para um presídio nos arredores de Roma. Sua chegada é esperada para esta segunda-feira (14).
Pela manhã, o governo Bolsonaro avaliava que Battisti deveria retornar ao Brasil para depois ser extraditado para o território italiano. O governo chegou a convocar uma reunião de emergência com os ministros Sérgio Moro (Justiça), Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Fonte: Diário do Poder