O depoimento à CPI do Transporte na Câmara Legislativa do ex-diretor do DFTrans, Marco Antonio Campanella, ainda dá o que falar. Como ele está rompido com o ex-vice-governador Tadeu Fillippeli apostava-se que ele jogaria a responsabilidade da licitação dos ônibus nos braços do desafeto. O deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), por exemplo, jogou todas as fichas na cizânia, mas saiu frustrado.
Desconforto invertido
A saia justa ocorreu no final do depoimento, quando um constrangido Samuel Santos, ex-assessor jurídico do DFTrans e procurador de Campanella. admitiu que teve um encontro furtivo com Raimundo Ribeiro na casa da deputada Telma Rufino (sem partido) antes de seu primeiro depoimento na CPI. E Samuel participava da sessão exatamente para confrontar Campanella, chamado pelo deputado Raimundo Ribeiro.
Ameaça e constrangimento
A intempestiva reação de Raimundo Ribeiro soou como ameaça ao também deputado Rafael Prudente, autor da pergunta a Samuel e o tempo esquentou. Acalmados os ânimos, foi a vez do deputado Wellington Luiz (PMDB) criar novo constrangimento a Ribeiro: perguntou se Campanella teve algum contato telefônico com algum integrante da CPI. Coincidência ou não, Campanella disse que falou com Raimundo Ribeiro. Mas foi apenas para colocar-se à disposição da CPI, diante dos boatos que sugeriam que ele não queira depor.
Fonte: Do Alto da Torre/Jornal de Brasília