Em greve, PF marca protesto em Brasília contra segurança privada na Copa

Segundo Federação, policiais virão de todas as partes do país, com enormes elefantes brancos infláveis, que simbolizam a burocracia e a politicagem na Segurança Pública

 

De novo: policiais federais levaram elefantes brancos infláveis à Esplanada em protesto realizado em junho de 2013 (Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press)
De novo: policiais federais levaram elefantes brancos infláveis à Esplanada em protesto realizado em junho de 2013

 

Agentes da Polícia Federal (PF), escrivães e papiloscopistas de todo o Brasil entrarão em greve por três dias a partir desta terça-feira (11/3). Segundo a PF, o ponto alto do movimento será uma passeata na Esplanada dos Ministérios na próxima quarta-feira (12/2). O Sindicato denuncia que servidores sem experiência operacional em campo estão sendo indicados por critérios políticos para planejarem e coordenarem a segurança da Copa 2014.

Segundo o texto de comunicado anunciando a paralisação, nos gastos com a segurança dos grandes eventos, o foco deveria ser o investimento permanente nas estruturas das polícias. Porém, “grande parcela será gasta em segurança privada, sem licitação, ou diárias e passagens para os milhares de policiais que vão ser deslocados de suas cidades de origem, onde as populações ficarão mais vulneráveis à criminalidade”.

O Sindicato dos Políciais Federais do DF explicou que centenas de policiais virão de todas as partes do país – eles vão resgatar os enormes elefantes brancos infláveis já usados em protestos anteriores, que simbolizam a burocracia e a politicagem na Segurança Pública.

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) representa sindicalmente mais de 20 mil pessoas. Para os investigadores, as maiores fragilidades da Segurança Pública no Brasil estão nas fronteiras e nos aeroportos. Eles afirmam que nestas duas frentes o que se observa são falhas graves de gestão.

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Segundo Jones Borges Leal, presidente da Fenapef, “em todos os aeroportos e unidades de fronteiras brasileiras, não existe quantidade suficiente de agentes federais para cuidar do policiamento aeroportuário, de fronteiras e combate ao crime organizado. Em alguns aeroportos não tem nenhum. E infelizmente mais de 250 policiais federais abandonam a profissão todos os anos, pois a carreira tem sido duramente sucateada pelo governo”.

A Fenapef protesta contra o descaso com o policiamento aeroportuário, e abandono de agentes federais treinados e experientes. “Afinal, é mais inteligente evitar o embarque de um terrorista, e não ter que abater um voo comercial com 300 passageiros em áreas urbanas”, diz o comunicado da federação.

 

 

 

 

Fonte: Correio Braziliense

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