Subsecretaria analisa 1.500 processos (Foto: Carlos Gandra/CLDF)
O subsecretário de Desenvolvimento Econômico do DF, Laerte Santos, informou à CPI do Pró-DF, em seu depoimento na tarde desta segunda-feira (23), que de 410 processos que estão sendo analisados em 181 deles já foram constatados irregularidades. O auditor tributário enfatizou que, apesar da reduzida equipe para a análise dos pedidos de concessão de benefícios e créditos fiscais, eles estão cruzando informações entre os projetos para detectar possíveis fraudes.
Conforme adiantou à CPI, a equipe da Secretaria de Desenvolvimento Econômico já apurou que há muitas irregularidades envolvendo empresas atacadistas do setor de material de construção, como também de incorporadoras. Informou ainda que 69 grandes empresas, como a Ambev e a Brasal, receberam vultosos créditos do Pró-DF.
Santos disse ainda que dos 1.500 processos que estão acumulados naquela secretaria para liberação dos benefícios do Pró-DF “900 não foram sequer analisados”. Ele negou, contudo, que tenha afirmado que nos governos passado os projetos eram liberados após pagamento de propinas, mas que ouviu relatos sobre a prática. “Isso nos foi dito por empresários que se sentiram prejudicados”, afirmou.
Preocupados com os valores que envolvem a liberação de créditos fiscais, os deputados da CPI solicitaram ao subsecretário que disponibilize cópias de todos os processos que estão sob suspeita de irregularidades, mesmo daqueles que ainda poderão entrar com recursos. “São valores do povo que podem estar sendo desviados”, ressaltou o vice-presidente da CPI, deputado Olair Francisco (PTdoB).
Ao encerrar a oitiva, a presidente da CPI, deputada Eliana Pedrosa (DEM), considerou satisfatórias as informações prestadas por Laerte Santos e agradeceu também a presença do secretário de Transparência, Carlos Higino, que já recebeu alguns processos para investigação de irregularidades.
Fonte: CLDF