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    Govsummit 2023: evento reúne autoridades para debater tecnologia e sustentabilidade em Brasília


    Maior evento de geotecnologia aplicada à gestão pública do país, organizado pela Imagem Geosistemas, teve como tema central o uso da inteligência geográfica em busca de um futuro mais sustentável

    O principal encontro de geotecnologias para Governos Municipais e Estaduais, o Govsummit, aconteceu, nesta quinta-feira (03), em Brasília. Com realização da Imagem Geosistemas – distribuidora oficial da Esri – líder americana no Sistema de Informações Geográficas (GIS), o evento iniciou com a pergunta “Qual mundo você quer ver?”, convidando o público presente a refletir sobre a responsabilidade de cada um para que o futuro do planeta seja mais sustentável.
    Felipe Seabra e Letícia Mose, da Imagem Geosistemas, foram os primeiros palestrantes do dia e falaram um pouco mais sobre a empresa, o propósito do evento, a atuação da companhia junto às esferas do governo.
    Os governos são os articuladores dos verdadeiros debates, os que interessam. E são eles que incentivam e despertam na população esse ímpeto de buscar mais sustentabilidade”, declarou Letícia.
    Na sequência, Ronan Damascodiretor de tecnologia da  Microsoft, e, Adam Reedydiretor de negócios para as Américas da Esri participaram de uma mesa redonda sobre “O desafio da Transformação Digital em Governos”.
    Um dos pontos iniciais da explanação foi o fato de que, nos últimos anos, alguns marcos importantes para a tecnologia aconteceram no Brasil, demonstrando uma clara estratégia de inovação tecnológica, e Ronan aproveitou o momento do debate para dizer que tem orgulho de como o Brasil tem avançado nesse sentido, com mais de cinco mil serviços digitais oferecidos pelo governo, ficando à frente de países de primeiro mundo.
    Esse movimento federal, de inclusão da tecnologia, não é tão frequente ainda nas outras esferas (municipal e estadual). E esse é o principal desafio que temos hoje, levar essa inovação para todos os locais. A formação adequada dos profissionais, a capacitação, é a principal ferramenta para que isso seja possível. Precisamos promover a inclusão digital no Brasil, utilizando a tecnologia como um instrumento para que possamos resolver os outros problemas”, comentou o especialista da Microsoft.
    Adam reforçou que a tecnologia transformou a forma como os governos de todo o mundo se comportam, como tratam os dados e qual destino é dado para as informações coletadas.
    Usamos a tecnologia para reduzir crimes, responder a desastres, para a comunicação entre os governos – como no caso da pandemia – e esses são só alguns exemplos. Não é só uma questão de “Open Data”. É sobre prover informações e desenvolver ferramentas que, com base nesses dados, possam fazer a diferença”, reforçou Reedy.
    Lilian Campos, Superintendente de Inteligência de Mercado da INFRA S/A – empresa pública responsável pelo planejamento e estruturação de projetos para o setor de transportes em todo o país, veio na sequência para mostrar como o ArcGIS pode ser utilizado na transformação da Logística do Brasil, auxiliando no cumprimento da Agenda ESG. Campos falou sobre o Plano Nacional de Logística 2035 e sobre o planejamento ambiental estratégico que é necessário para que as metas sejam cumpridas.
    Já José Gleidson Dantas, Coordenador de Informações Territoriais do Porto de Suape, falou sobre como a transformação digital e o uso de inteligência geográfica já podem ser percebidos em todas as esferas da organização.
    Estamos preparados para recepcionar e suprir essa sede por informações da população?” Foi com essa reflexão que Renato Santana, da Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal iniciou sua apresentação no Govsummit 2023. Se referindo à burocracia como um “câncer”, o porta-voz levou ao público presente mais dados sobre quais são as expectativas da Secretaria para os próximos anos, no que se refere à inovação.
    Além de Santana, estiveram presentes Rogério Silva, também da Secretaria, e Gutemberg Gomes, Secretário de Meio Ambiente e Proteção Animal do DF, que, além de apresentarem o Sistema Distrital de Informações Ambientais (SISDIA) – uma plataforma que tem como objetivo centralizar e disponibilizar informações sobre o meio ambiente do DF, aproveitaram a oportunidade para falar sobre a importância da inteligência geográfica.
    São essas tecnologias que nos ajudam a pensar melhor as políticas públicas, a aplicar o que é realmente necessário. Mais do que isso, quando falamos de meio ambiente, o uso de geotecnologia nos permite contar com uma ‘verdade mais real’, de desmatamento, queimadas, consequências de desastres ambientais, com imagens em tempo recorde e dados atualizados a todo momento. Com isso, podemos trabalhar melhor, sabendo que a informação é a mais correta possível”, comentou Gutemberg.
    Outro ponto de destaque no período da manhã foi a participação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
    Nara PantojaCoordenadora Geral do CENIMA/ IBAMA, e,  Wátila Portela, da Diretoria de Licenciamento Ambiental do Ibama, falaram sobre a Plataforma de Análise e Monitoramento Geoespacial da Informação Ambiental (PAMGIA), plataforma web de visualização, análise e monitoramento geoespacial dos diversos temas de atuação do IBAMA, estruturada por meio do ArcGIS, visando a melhoria no acesso, controle, gestão e disponibilização das informações ambientais ao público interno e externo.
    A PAMGIA surgiu para que o Ibama possa se tornar um ponto central de busca para toda e qualquer informação ambiental do Brasil. Sejam elas internas do Ibama, como também externas, como FUNAI, IBGE, Secretarias de Meio Ambiente e muitas outras. Estamos a um ano e meio trabalhando nesse sistema e temos orgulho de dizer que essa e a primeira vez que o Ibama implementa uma solução corporativa focada em geo”, comentou Panjota.
    Os principais objetivos do Ibama com a solução é um melhor monitoramento ambiental, inovação de análise e tomada de decisão, interoperabilidade a partir da adoção de solução corporativa e transparência e melhor prestação de serviço à sociedade.
    Finalizando a manhã com a presença de Eduardo Giraldi, especialista da Imagem Geosistemas, mostrou, com imagens e vídeos, como se dá, na prática, a aplicação de sensoriamento remoto em governos, com foco em uma dinâmica urbana multissensorial.
    Programação da tarde
    No outro período, Caio Riebold, Engenheiro de Soluções da ESRI, falou sobre o uso da inteligência geográfica para apoiar a segurança pública de estados, governos e municípios. O especialista demonstrou, dentro do próprio sistema ArcGIS, como a solução é utilizada, quais informações são disponibilizadas e quais os diferenciais no enfrentamento de emergências.
    Falando também sobre o tema de segurança pública, Rubens Oliveira, Supervisor Adjunto do GEO na Prefeitura de Lucas do Rio Verde (MT), contou como a cidade desenvolveu um botão de pânico para proteger as mulheres vítimas de violência doméstica no município. Com um nome fictício para não ser identificado pelo agressor, o botão é um aplicativo que basta ser acessado para que a força policial chegue em um prazo de cinco minutos.
    Deu muito certo, conseguimos salvar muitas mulheres. E, com base nisso, ampliamos o uso do botão do pânico, que agora é utilizado também nas escolas. Recentemente, uma unidade escolar do município reportou que a polícia chegou até o local em apenas um minuto após o chamado”, contou Oliveira. Além das escolas, a aplicação hoje é utilizada também para acionar a polícia nas áreas rurais, o que é muito importante para a região, que é predominantemente rural.
    E as questões rurais estiveram presentes também na apresentação de Priscila FagundesDiretoria Técnica de Departamento no Instituto de Economia Agrícola (Governo de São Paulo), que começou logo na sequência. Com o chocante dado de que ¼ da população mundial não tem endereço e, por tanto, sofre com diversas dificuldades em questões básicas, como fazer compras, cadastros, impedindo essa população de ter seus direitos básicos respeitados. Para tentar solucionar essa questão, o Governo do Estado de São Paulo fez uma ação de endereçamento para levar mais cidadania para o campo.
    O projeto inédito, chamado Rotas Rurais, foi criado em 2019 e integra diversos setores que precisam de especial atenção para levar cidadania ao campo. O trabalho envolve: mobilidade, saúde, conectividade, segurança, educação, serviços públicos e privados, políticas públicas mais eficientes, transformação social.
    O que começou como uma questão de endereçamento, se tornou algo muito maior. Nós hoje temos o maior banco de informações do agro. Com informações que podem auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas que sejam relevantes para essa população”, contou Priscila.
    Vitor Hugo Chagas, Diretor do Sistema de Gestão da Geoinformação (SIGEO) da Prefeitura de Niterói, também se apresentou no evento, contando sobre a transformação na cultura da prefeitura, que hoje tem a geoinformação como parte do dia a dia da gestão do município. A parceria entre a Prefeitura de Niterói e a Imagem Geosistemas começou em 2016 e hoje esse um case de sucesso na utilização do ArcGIS pela esfera municipal. Um ponto de destaque diz respeito às integrações que a Prefeitura realiza entre o ArcGIS e aplicações como Waze, colab, inea, entre outras.
    Encerrando o ciclo de palestras, Marcilene Favarato da Costa, Coordenadora de Banco de Dados Espaciais da Prefeitura de Vitória, contou um pouco mais sobre como o município vem traçando um caminho em busca de se tornar uma cidade inteligente.
    Um dos fatores que nos coloca entre as 10 cidades mais inteligentes do Brasil, é a gama de ferramentas online e sistemas que temos para auxiliar o cidadão. Além da informatização de todas as redes de saúde e educação”, contou a especialista, que traçou um perfil de toda a trajetória de inovação do município, até que, em 2023, fosse possível chegar ao novo Geoweb Vitória.
    Hélio Carreço, Especialista em Geoprocessamento na Prefeitura de Vitória, contou quais sobre o Geoweb, que é um hub bastante completo de informações, e quais os principais diferenciais, como por exemplo a facilidade de atualização.
    “Já temos uma média de mais de 500 acessos diários, o que nos ajuda a ter um feedback de como melhorar cada uma das aplicações”, comentou Carreço. Um dos carros chefes do hub é o basemap, com vector tiles, que pode ser atualizado em menos de cinco minutos. Outro destaque, é a aplicação de regularização fundiária, que é uma integração entre as Secretarias de Habitação com a Fazenda, com cadastro dos proprietários, manutenção e gestão.
    Por fim, o evento contou, ainda, com um momento para fotos e premiações para todos os palestrantes presentes, em reconhecimento ao trabalho que desenvolvem com o uso da geotecnologia.
    Sobre a Imagem (www.img.com.br): empresa brasileira líder em Soluções de Inteligência Geográfica, fundada em 1986, é a distribuidora oficial e exclusiva do ArcGIS, plataforma desenvolvida pela gigante norte-americana Esri. Apoia empresas e governos na transformação de dados em conhecimento através de tecnologias que solucionam problemas de negócios. A Imagem conta com uma equipe formada por 300 profissionais, sediada em São José dos Campos/SP e possui escritórios comerciais em São Paulo, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Porto Alegre.

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