No dia 29 de fevereiro de 2024, a comunidade jurídica foi surpreendida por mais um episódio que expõe a fragilidade das instituições frente a interesses políticos mesquinhos
Na data em questão, a presidente da Comissão de Celeridade da OAB Águas Claras, Dra. Valéria Medeiros (foto acima), OAB/DF 57.148, juntamente com sua diretoria, não fora reconduzida aos seus cargos de forma completamente arbitrária e sem fundamentação jurídica plausível.
O que deveria ser um processo transparente e democrático acabou sendo obscurecido por motivações políticas, uma vez que nos encontramos em um ano eleitoral. Essa recondução forçada não apenas desrespeita os princípios de autonomia e independência das comissões da Ordem dos Advogados do Brasil, mas também interfere de maneira prejudicial nos trabalhos desenvolvidos por essas instâncias essenciais para a advocacia e para a sociedade.
Este não é um incidente isolado. Infelizmente, é parte de um padrão recorrente no qual a arbitrariedade política sobrepõe-se aos critérios éticos e técnicos que deveriam nortear a gestão das comissões da OAB. Anteriormente, o presidente da Comissão de Ciências Criminais, Dr. Welbert Gomes, também foi vítima desse mesmo tipo de imposição arbitrária, evidenciando um padrão preocupante de interferência externa nos órgãos internos da Ordem.
É crucial destacar que tais interferências não apenas minam a credibilidade das instituições, mas também comprometem a qualidade dos serviços prestados pela OAB e prejudicam o exercício da advocacia como um todo. A autonomia das comissões é essencial para o desempenho de suas funções de forma imparcial e eficaz, servindo aos interesses da justiça e da sociedade.
Diante desse cenário, é urgente que a Ordem dos Advogados do Brasil tome medidas efetivas para garantir a independência das comissões e proteger seus membros contra pressões políticas indevidas. Somente assim poderemos preservar a integridade e a relevância dessa importante instituição para o Estado de Direito.