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    Alvo de CPI, licitação que renovou frota de ônibus em 2011 ficou de lado

    Francisco Nero

    Eric Zambon
    eric.zambon@jornaldebrasilia.com.br

    A Operação Panatenaico apura irregularidades nas obras do Mané Garrincha, mas as investigações mexeram em outro esqueleto no armário do Governo de Brasília: a licitação que renovou a frota de ônibus do DF em 2011.

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    O certame foi alvo de investigação do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), teve sua validade contestada na Justiça três vezes e foi tema de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Legislativa. Os indícios de irregularidades, que têm como pivô o advogado Sacha Reck, consultor do certame de 2011, já foram e vêm sendo iluminados praticamente desde que a concorrência foi realizada, mas pouco foi feito para corrigir ou punir os responsáveis.

    Reck já foi preso em Curitiba (PR) por suspeita de envolvimento em fraudes similares em cidades do Paraná e de São Paulo e segue sendo investigado pelo Ministério Público dos dois estados. Contratado como consultor do certame em Brasília, ele teria beneficiado as viações Piracicabana e Pioneira, ambas pertencentes ao Grupo Constantino, e já teria prestado serviço para ambas.

    O envolvimento do advogado levou ao indiciamento por improbidade administrativa do ex-secretário de Transportes do governo Agnelo, José Walter Vazquez Filho, e do presidente da Comissão Especial da licitação, Galeno Furtado Monte, dentre outros membros do alto escalão do GDF à época.

    Presidente da CPI na Câmara Legislativa, o deputado distrital Bispo Renato Andrade (PR) critica o atual Governo de Brasília pela passividade ante os indícios de vício. “Por parte do governo, nada andou. Não foram apenas nossas recomendações, mas duas sentenças judiciais transitadas em julgado foram ignoradas”, reclama.

    O problema é que a própria CPI teve credibilidade afetada pelos acontecimentos posteriores ao seu fechamento – ela acabou em maio de 2016. Os membros da comissão, distritais Rafael Prudente (PMDB) e Ricardo Vale (PT) são investigados pelo MPDFT por suspeita de atrapalhar as apurações da CPI. O próprio Bispo virou réu na Operação Drácon. “Uma coisa não tem relação com a outra. Sou julgado em relação a uma votação. A CPI não terminou em pizza”, defende o deputado.

     

     

     

     

     

    Fonte: Jornal de Brasília

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