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    caça aos nanicos

    O período pré-eleitoral serve para as costuras políticas. É nessa hora que os partidos menores, chamados muitas vezes injustamente de nanicos, ficam atraentes. Essas legendas tem duas coisas que interessam os partidos maiores e aos candidatos competitivos a cargos majoritários: tempo de tevê e nominata. Eles formam um exército de cabos eleitores sem muitas chances de chegar a Câmara Legislativa ou a Câmara Federal. Mas servem para atingir o coeficiente eleitoral e eleger um político mais experiente e que já está no poder. Ou que tem dinheiro para gastar numa campanha. Algumas vezes essas legendas pequenas se juntam e chegam a eleger dois ou três deputados. Mas são casos excepcionais. Sempre conseguem no máximo três das 24 cadeiras da Câmara Legislativa. Na maioria do tempo, servem apenas para colocar na Câmara aqueles que “compram” as legendas ou conseguem seduzir com vantagens antes e depois das eleições.
    Vantagens
    Uma legenda menor fecha aliança através de um apoio financeiro e de cargos no governo. Seus líderes e candidatos derrotados são figurinhas carimbadas no Diário Oficial nomeados como subsecretários, diretores ou assessores de órgãos do governo ou ainda em departamentos de administrações regionais. Se conseguir uma boa votação, vira até ser administrador regional.
    Dinheiro público
    Esse exército de cabos eleitores são pagos muitas vezes com dinheiro do contribuinte, já que os cargos são públicos. E são nomeados para fazer campanha e defender esse ou aquele político. São indicados por deputados ou por fazerem parte do partido do governador.
    Tempo de TV
    Os grandes partidos possuem um bom tempo de TV e rádio e assumem o protagonismo nas eleições. O que possui o maior tempo é o PT, com 03’03”26, seguido do PMDB, com 02’34”02. Os dois estão juntos na do governador Agnelo (PT). PCdoB também já tá fechado (00’42”91) com a aliança governista.
    Tempo de TV II
    Na oposição ou que não fecharam ainda com o governo, estão legendas como PSD (01’51”13), PSDB (01’51”13), PP (01’33”54), PR (01’16”04), PSB (01’08”25), Solidariedade (01’00”45), DEM (00’56”55), PTB (00’52”65), PDT (00’42”91) e PPS (00’27”31). Alguns tem seus próprios candidatos a majoritária.
    Nanicos a solta
    Pequenos e não tão pequenos que estão à solta e esperando definição para fazer acordos são Pros (00’50”70), PSC (00’40”96), PV (00’37”06), PRB (00’31”21) e PTdoB (00’23”41). PSOL (00’21”46) terá candidato próprio ao Buriti. Ainda ficam outros 03’58”31 distribuídos por uma penca de partidos menores ainda.
    Xadrez na Câmara
    Enquanto isso, a Biblioteca Paulo Bertran, no terceiro andar da Câmara Legislativa, oferece aos funcionários e visitantes tabuleiros de xadrez para este esporte cultural. Para jogar basta pedir o tabuleiro no atendimento da biblioteca e escolher uma das mesas do setor.

     
    (Coluna Coletivo Político publicada na edição de 20 de maio de 2014, no Jornal Coletivo)

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