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    Hospital de Base realiza reimplante de mãos

    Agilidade e conservação do membros foram fatores essenciais no atendimento

     

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    As cirurgias de reimplantes e reconstrução de membros superiores (mãos, dedos, braços e antebraços) e inferiores (pernas, coxas, joelhos, pés) feitas pelas equipes médicas da Neurocirurgia, Cirurgia Vascular, Cirurgia Plástica e Cirurgia de Mão são os mais novos serviços oferecidos pela SES/DF e está em fase de estruturação no HBDF desde o início deste ano.

    O último procedimento realizado com sucesso foi da paciente (C.F.M) que teve suas mãos cortadas e com isso rompimento de artérias, veias, ossos que tiveram que passar por minuciosa cirurgia. A agilidade no atendimento e a conservação dos membros garantiu o sucesso das cirurgias. Ela foi encaminhada ao Hospital do Paranoá por helicóptero e seguiu para o HBDF.

    “Antigamente, as mãos dessa paciente teriam ido para o lixo. Hoje temos especialistas e podemos oferecer o serviço para as pessoas que é também uma exigência do Ministério da Saúde”, ressalta o diretor do HBDF, Julival Ribeiro.

    As cirurgias de reimplantes estão em fase de estruturação fase inicial e o objetivo é ampliar o serviço em 2014. “A maioria dos casos no DF, são acidentes nas construções civis, e com perda de membros. Por isso precisamos ampliar o serviço para atendermos essa demanda”, destaca o especialista.

    Para a paciente, ver suas mãos recolocadas é uma felicidade imensa. “Nem acreditei quando os médicos falaram que implantariam minhas mãos. Achei que nunca mais ia pegar meus filhos no colo. Minha maior alegria é saber que isso será possível”, conta a paciente.

    Conservação
    Para ter sucesso no reimplante é preciso manter o membro envolvido em um pano ou gaze umedecidos com água filtrada ou soro fisiológico e depois coloca-lo em um pano e em saco fechado. Por fim, inseri-lo em um recipiente maior (um pote) com 50% água e 50% gelo. E encaminha-lo, o mais rápido possível, ao hospital onde o paciente está sendo atendido.

    Casos
    Por mês, em média, 3 a 4 pacientes que sofreram amputações totais ou parciais de membros são atendidos pelas equipes de reimplantes do HBDF. “Esse ano tivemos dois casos mais graves em que os pacientes perderam todo o membro (as mãos) e conseguimos reimplanta-las”, acrescenta o Ortopedista e Cirurgião de Mão, Paulo Sergio Queiroz.

    Cirurgião da Mão
    A área de atuação do especialista em mão, relativamente nova no Brasil (desde 1983), incluiu prevenção, diagnóstico e tratamentos como lesões congênitas, cutâneas, neurológicas, vasculares, tumorais, degenerativas, infecciosas, reumáticas, entre outros.

    Os cirurgiões de mãos são habilitados para realizar procedimentos complexos como reimplantes de dedos e membros, cirurgia de plexo braquial e retalhos microcirúrgicos. Além das mãos, os outros membros como pés, pernas, braços também podem passar pelo processo de reimplantes.

    A mão possui 37 articulações interligadas como engrenagens de um relógio, que apesar de pequenas, são fortes e precisas. Assim como os braços e membros inferiores também possuem ligamentos, músculos, nervos, tendões, ossos e cartilagens. Por isso há a necessidade de especialização.

    Pós-cirúrgico
    Nos casos de reimplantes de membros é necessários, em alguns casos, várias etapas cirúrgicas, algumas para religar os vasos, artérias e veias. Outros procedimentos para religar os nervos, tendões e ligamentos. E isso pode levar meses de tratamentos.

    Fisioterapia e Apoio Psicológico
    É preciso, depois de todas as etapas cirúrgicas, realizar a fisioterapia como processo de reabilitação da função do membro o qual tem 70% a 80% a função resgatada.

    O serviço de Psicologia também é importante no tratamento, pois a maioria dos casos o paciente sofre de transtornos pós-traumáticos que acarretam pertubações emocionais.

    Serviço
    O reimplante na rede ainda está em fase de implantação. Portanto não há ainda uma unidade especifica e inaugurada.

    Por Alessandra Franco, da Agência Saúde DF

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