Os moradores do Areal obtiveram, nesta quarta-feira (15/6), uma façanha ao conseguir que suas reclamações contra a existência de um albergue na região fossem transformadas em projeto de lei na mesma sessão da Câmara em Movimento, que esteve em Águas Claras. Os distritais propuseram que seja proibida a instalação de albergues próximos a áreas residências e escolas, elaboraram a matéria e, em seguida, leram a proposta, iniciando a tramitação.

A população do Areal afirmou, durante o evento itinerante, que os moradores de rua que se instalam no albergue da região causam transtornos e alguns cometem crimes, como roubos a pedestre e ao comércio local.

Ainda durante as falas, a presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS), garantiu que, se a assessoria legislativa conseguisse elaborar a minuta do projeto ainda durante o evento, ele seria lido durante a sessão. A leitura da matéria deu início à tramitação da proposta.

“Estamos levando toda a nossa assessoria legislativa, como ficou decidido pelo Colégio de Líderes, para que possamos encaminhar propostas imediatamente”, afirmou a presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS).

Segundo o texto, os albergues não poderão ser instalados em regiões próximas a residências e escolas. A matéria, que ainda tramitará pelas comissões da Câmara Legislativa, prevê, também, que, quando aprovada a lei, o governo terá 180 dias para retirar os albergues, como o do Areal, das regiões proibidas.

No local onde hoje está instalado o albergue do Areal, será fixada uma escola de ensino médio — outra reclamação dos moradores da região, que têm que ir para outras regiões administrativas, entre elas Taguatinga, para cursar o antigo segundo grau.

Para atender especialmente as mães do Areal, os distritais prometeram destinar, por meio de emendas parlamentares, pouco mais de R$ 1 milhão para colocar em funcionamento a creche da região, que, de acordo com que foi informado aos distritais pelos moradores, não foi aberta até hoje por falta de recursos.