A Secretaria de Saúde do Distrito Federal e o Ministério da Saúde lançam, nesta quarta-feira (22), uma campanha para esclarecer a população sobre a vacina contra o papilomavírus humano (HPV).
No DF, a aplicação do medicamento estará disponível em março nos centros de saúde, escolas públicas e particulares para meninas com idades entre 9 e 13 anos.
A Secretaria de Saúde diz que as famílias terão que comunicar as escolas caso não queiram que os filhos recebam a vacina.
De acordo com a pasta, a primeira etapa da campanha também consiste em capacitar, no DF, entre 700 e mil profissionais de saúde. A Secretaria de Saúde pretende colar cartazes nas unidades de saúde informando sobre a importância da vacina.
Já o Ministério da Saúde dará início a divulgação de peças publicitárias no rádio e na televisão.
O tipo de medicamento disponível no DF é o quadrivalente, usado, segundo o GDF, na prevenção contra quatro tipos de HPV (6,11,16 e 18). Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero e os outros dois (6 e 11) estão presentes em 90% dos casos de verrugas genitais, informou a Saúde.
A meta da pasta para 2014 é vacinar cerca de 80% da população-alvo. Para isso, é necessária a aplicação de três doses, com intervalo de dois e seis meses após a inicial.
No ano passado, 50 mil meninas de 11 a 13 anos foram vacinadas com três doses, o equivalente a 79,5% da meta, segundo o GDF. Cada dose da vacina custou R$ 73, o que totalizou um investimento de R$ 13 milhões na compra de 192 mil doses. As vacinas estão sendo repassadas à Secretaria de Saúde pelo governo federal.
Os HPVs são vírus capazes de infectar a pele e as mucosas. A transmissão se dá por contato direto com o local infectado, sendo que a principal forma de transmissão é pela via sexual, informou a Secretaria de Saúde. Quando a infecção persiste, ela pode resultar no desenvolvimento de lesões e progredir para o câncer, principalmente no colo do útero.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), existem mais de cem tipos diferentes de HPV. Para evitar o surgimento do câncer de colo do útero, é importante que as mulheres façam exames preventivos (Papanicolau ou citopatológico), que podem detectar lesões. Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas, é possível prevenir a doença em 100% dos casos, segundo a Saúde. (G1)
Fonte: Estação da Notícia