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    Saúde divulga informe epidemiológico da dengue

     

    Ações junto à população têm sido intensificadas

    A Secretaria de Saúde divulgou, nesta terça-feira (21), o boletim epidemiológico da dengue. Até 11 de maio (Semana Epidemiológica 19), foram registradas 19.812 notificações, sendo 97,1% de pessoas residentes no Distrito Federal. Desses, foram registrados 17.304 casos prováveis de dengue. Houve, ainda, 244 casos sem a informação da unidade federada de residência do paciente.

    A Região de Saúde Leste continua registrando o maior número de casos prováveis, como 3.881 notificações, seguida pelas regiões Norte (3.318), Sudoeste (2.617) e Oeste (2.615).

    Ainda de acordo com o boletim, foram confirmados 16 óbitos por dengue em moradores do Distrito Federal. Além disso, houve outros 30 casos graves em que as pessoas sobreviveram e 279 casos de dengue com sinais de alarme. No mesmo período de 2018, foram confirmados dois casos graves e um óbito por dengue.

    Segundo o diretor de Vigilância Epidemiológica, Délmason Carvalho, diferentemente de anos anteriores, em 2019 há a predominância do vírus tipo II, bem mais agressivo que o do tipo I.

    “Isso acontece porque a gente vinha tendo apenas o tipo I e, assim, acumulávamos pessoas com anticorpos, diminuindo a quantidade de pessoas suscetíveis ao vírus. Quando começa a circular um vírus diferente, mais pessoas têm maior probabilidade de ser contaminadas, e aí ocorre uma epidemia”, explicou.

    Ressalte-se que há a notificação de quatro óbitos em casos prováveis de dengue, cuja confirmação ainda depende de investigações epidemiológicas já em andamento. Foram descartadas 25 notificações de óbitos em casos prováveis de dengue, após finalizadas as investigações epidemiológicas.

    REDUÇÃO – A Vigilância Ambiental tem observado decréscimo na incidência do mosquito neste mês de maio, com a redução da quantidade de chuvas. Essa observação só poderá ser confirmada nas próximas semanas.

    O Informativo Epidemiológico de Dengue tem saído semanalmente. Porém, nas últimas semanas, houve demora na divulgação devido ao atraso na compatibilização de dados, que são extraídos de duas fontes (Sinan Online e Formsus).

    O grande volume de informações e notificações recebidas tem exigido um grande esforço técnico operacional. Nesta semana, os dados de dengue foram atualizados até a semana epidemiológica 19. As informações divulgadas no Informativo nº 17 atualizam os dados, incluindo as semanas epidemiológicas 18 e 19.

    PREVENÇÃO – A Secretaria de Saúde atuou, nessas últimas semanas, com visitas às residências para tentar eliminar focos de mosquito utilizando larvicidas.

    “Intensificamos as medidas nas visitas domiciliares, com uso de larvicida, fazendo ações educativas e chamando a população para nos apoiar. Também contamos com a ajuda do SLU para recolhimento de lixo. E chegamos ao extremo de multar dez residências que estavam causando problemas e a gente não conseguia entrar e notificar”, disse a subsecretária de Vigilância à Saúde, Elaine Morelo.

    Com o trabalho dos agentes de vigilância, somado aos homens do Corpo de Bombeiros – 500 nos finais de semana e 60 durante a semana – e aos 120 profissionais do Exército, a subsecretária afirma que o DF está “conseguindo segurar a epidemia”.

    FUMACÊ – Durante a coletiva, Elaine Morelo ainda explicou a situação da Central UBV, interditada pelo Ministério Público do Trabalho. “O MPT apontou falhas estruturais e questões ligadas aos servidores. Com relação à estrutura da central, fizemos as devidas correções. Com os servidores que há 20 anos trabalham no local e consideramos que sejam capacitados, fizemos uma atualização teórica e prática, com o apoio da Fepecs e também atualizamos os exames periódicos”, elencou, explicando que aguarda nova visita do órgão para liberar o local.

    Morelo disse, ainda, que o uso de fumacê não é essencial para a prevenção ao mosquito. “Ele é estratégia de guerra, digamos assim. Segundo o protocolo do Ministério da Saúde, o fumacê deve ser utilizado apenas para atacar os mosquitos adultos em locais com índice de infestação de 4%. Nosso último levantamento apontou índice de 1,4% no DF”, explicou.

    ATENDIMENTO – De acordo com o subsecretário de Atenção Integral à Saúde, Ricardo Ramos, em caso de suspeita de dengue, o primeiro local a ser procurado é a Unidade Básica de Saúde, ou seja, os centros e postos de saúde, como são popularmente chamadas.

    “Tendo febre, dores de cabeça, atrás dos olhos e nas juntas e, em alguns casos, manchas avermelhadas pelo corpo, o médico ou enfermeiro já notifica o caso à Vigilância. O exame é clínico, não sendo primordial o teste rápido ou a sorologia”, esclareceu Ricardo. Segundo ele, somente com mais sintomas é que se solicitam testes rápidos e sorologia.

    Foto: Breno Esaki – Saúde-DF

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