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    Servidores públicos do DF protestam em frente ao Buriti por reajuste salarial

    Funcionalismo quer pagamento de reajustes já acordados com governo.
    Integrantes do MST aderiram ao protesto e fecharam Eixo Monumental.

    Raquel MoraisDo G1 DF

    Servidores públicos durante assembleia em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo do DF (Foto: Jéssica Nacimento/G1)Servidores públicos durante assembleia em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo do DF (Foto: Jéssica Nacimento/G1)

    Servidores públicos do Distrito Federal aprovaram na manhã desta quinta-feira (8) greve por tempo indeterminado em repúdio à decisão do governador Rodrigo Rollemberg de suspender reajustes salariais, que vinham acontecendo de forma escalonada desde 2013. A paralisação foi decidida durante assembleia na praça em frente ao Palácio do Buriti. Os servidores chegaram a fechar o Eixo Monumental em frente à sede do Executivo.

    De acordo com a Polícia Militar, o ato foi pacífico e reuniu 2 mil pessoas. Não houve confronto. Um cordão de isolamento foi montado em frente à sede do Executivo local para coibir tentativa de invasões.

    Entre as áreas afetadas pela greve geral estão saúde, educação, limpeza urbana, necrópsia e administração direta. O G1 procurou o Executivo, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.

    O vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Direta, Márcio Paiva, disse que toda a estrutura do governo vai ser afetada com a iniciativa. A entidade representa 40 mil servidores, divididos em 32 categorias.

    “Desde que o governo entrou, a gente tenta conversar com o governo. Sentamos à mesa três vezes, e o governo tratou como se ele não tivesse compromisso com os serviços prestados à sociedade”, disse. “Veio querer falar de crise, mas crise no DF não existe. Se ele não coloca isso [recursos financeiros] no mercado de trabalho e no comércio local, ele é que faz a crise em Brasília.”

    Integrantes do MST ocupam as seis faixas do Eixo Monumental durante protesto em frente ao Palácio do Buriti (Foto: Raquel Morais/G1)Integrantes do MST ocupam as seis faixas do Eixo Monumental durante protesto em frente ao Palácio do Buriti (Foto: Raquel Morais/G1)

    O sindicalista Márcio Paiva afirmou os servidores só voltarão ao trabalho quando o governo garantir que não vai retirar direitos e pagar o reajuste. “É forma desrespeitosa do governo de tratar com todas as entidades sindicais. Só querem fazer críticas.”

    Representantes das categorias em greve programaram uma mobilização na Rodoviária do Plano Piloto à tarde para explicar para a população as razões da paralisação.

    Durante a manifestação em frente ao Buriti, manifestantes também empunhavam faixas com críticas à presidente Dilma Rousseff. Três trios elétricos eram usados para que líderes sindicais passassem informações à categoria.

    Manifestante mostra panfleto com crítica à suspensão de reajuste salarial ao funcionalismo do DF (Foto: Jéssica Nacimento/G1)Manifestante mostra panfleto com crítica à suspensão de reajuste salarial ao funcionalismo do DF (Foto: Jéssica Nacimento/G1)

    A técnica em enfermagem Érica de Lima disse que todos os colegas da UPA de Samambaia aderiram à paralisação. A categoria já havia anunciado greve por tempo indeterminado. Eles também criticam a não redução da carga horária, que já havia sido acordada com o GDF.

    “E tem o reajuste, que já foi feito em parcelas, em três vezes, e a última parcela só querem pagar em maio do ano que vem”, declarou. “O sentimento é de desrespeito. Não existe governo quebrado. O governo, quando entra, a gente sempre espera mais. A gente nunca imaginou que não fossem pagar. Já estava na lei, no orçamento do governo. Ele só não quer cumprir com o que foi acordado.”

    Manifestante ateia fogo em pedaço de madeira e em pneus no Eixo Monumental (Foto: Jéssica Nacimento/G1)Manifestante ateia fogo em pedaço de madeira e em pneus no Eixo Monumental (Foto: Jéssica Nacimento/G1)

    Preferindo não se identificar por medo de represália, quatro servidores do posto do Na Hora de Taguatinga afirmaram estar insatisfeitos com as últimas decisões do GDF. “Se cortam o salário do servidor, a economia não gira. E tem o aumento da tarifa de ônibus, as ameaças que sofremos por reclamar. A partir de hoje já não vamos mais ao trabalho. Todo mundo lá tem esse sentimento”, disse um deles.

    Servidores durante protesto contra o governo Rollemberg em frente ao Palácio do Buriti (Foto: Raquel Morais/G1)Servidores durante protesto contra o governo Rollemberg em frente ao Palácio do Buriti (Foto: Raquel Morais/G1)

    Fechamento do Eixo Monumental
    O início da greve geral foi marcado ainda pelo fechamento das seis faixas do Eixo Monumental, que ocorreu em conjunto com integrantes do Movimento dos Sem Terra. O grupo montou acampamento no local e pede reforma agrária.

    Por causa do bloqueio, o trânsito foi desviado na altura do Estádio Mané Garrincha. O congestionamento atingiu vias do Setor Hoteleiro Norte e os arredores do autódromo, e foi fechado perto do Tribunal de Contas. Quatro das seis faixas da via foram liberadas para o trânsito às 12h20.

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    Deve ler

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