Se o nome de Gim Argello for aprovado pelos seus colegas, ele pode vir a ocupar duas cadeiras simultaneamente: a de ministro do Tribunal de Contas e a de réu no Supremo Tribunal Federal
A Praça dos Três Poderes é o pedaço de um Brasil muito distante, uma democracia lá longe, onde a anormalidade é normal. No momento, desenrola-se ali uma emboscada contra o interesse público. Os envolvidos se desobrigaram de maneirar.
Numa das laterais da praça, sob a cuia emborcada que esconde o miolo do Senado, trama-se a indicação do senador Gim Argello (PTB-DF) para o posto de ministro do TCU. Assentado à esquerda, o Planalto aplaude. À direita, o STF estranha.
O Supremo faz cara de espanto porque guarda em seus escaninhos meia dúzia de inquéritos contra Jorge Afonso Argello, vulgo Gim Argello. Num desses inquéritos, a Procuradoria Geral da República já ofereceu inclusive denúncia contra o senador Leia mais