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    Eliana Pedrosa e o encontro indigesto que a afastou da direita

    Nos últimos anos, o  PDT se tornou  um partido sem identidade e discurso. Na semana passada, de olho no próximo governo, o  partido deu um verdadeiro show de hipocrisia para tentar enganar o eleitor. O PDT fez parte do governo de Agnelo Queiroz (PT) e se mantém até agora no governo de Rollemberg (PSB), com muitos e preciosos cargos na estrutura do GDF.

    O show  do PDT se deu principalmente graças à tentativa frustrada de dois candidatos sem partido que querem a qualquer custo disputar o Buriti, na incansável busca de achar um grupo da esquerda que os acomode daqui pra frente, uma vez que são velhos conhecidos da direita que não mais acredita neles.

     

     

     

     

    A empresária e ex-deputada Eliana Pedrosa (foto) e o ex-presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha, falam que são pretensos candidatos ao governo com a audácia típica dos muito ricos que acham que o eleitor está ali, exposto na prateleira pronto para ser adquirido. Não é mais tão simples assim. Eleitor, justiça,  polícia, imprensa e opinião pública estão atentos às mais sórdidas manobras de políticos que tentam ludibriá-los com disfarces, discursos e súbitas mudanças de comportamento e de partido. Não pega mais.

    Em 2014, Gim, Eliana e Arruda tentaram caminhar juntos. Ela queria ser vice-governadora e o PPS não deixou.

     

     

     

     

     

     

     

    Eliana foi sempre de direita. Perdeu a eleição para deputada federal em 2014 e está sem partido. Ela havia ingressado no incrivelmente esquerdista PPS e sua passagem por lá não deixou saudades principalmente para o eterno presidente da sigla Roberto Freire. Ela ainda tentou ser vice na chapa de Arruda em 2014 mas o PPS a desautorizou publicamente.

    Desde então, Eliana ficou distante da política e das questões que envolveram o DF nos últimos dois anos e somente mais recentemente iniciou uma saga em busca de retornar ao cenário político, mas não quer voltar por baixo: ela quer voltar como governadora…

    Sem apoio e espaço no grupo da direita –  que a conhece bem -, não restou outra alternativa para a empresária Eliana Pedrosa a não ser correr para tentar cavar  um espaço em algum partido da esquerda, e eis que bateu às portas do PDT que topou conversar.

    Mas a cúpula do PDT, durante encontro justamente na casa da ex-deputada Eliana Pedrosa, no Lago sul, na última quarta-feira, decidiu abrir as portas do partido para o ex-deputado Jofran Frejat (PR)  concorrer ao Palácio do Buriti nas próximas eleições. Segundo informações, o  clima ficou tenso porque Eliana queria mesmo aclamada candidata a governadora e não Frejat, que elegantemente desconversou, mas o desgaste político de ambos já estava feito.

     

     

     

     

     

    Jofran Frejat pisou na bola ao participar de um evento com um partido de esquerda na casa de uma ex-parlamentar reconhecida entre os políticos de direita por não cumprir a palavra. Frejat perdeu bons pontos com Arruda (que manda no PR), que gostando ou não dele, ainda detém 30% do eleitorado do Distrito Federal e, portanto, capaz de decidir a próxima eleição.  Eliana caiu definitivamente em desgraça com a direita,  que nos bastidores comenta que ela traiu o grupo que a ajudou no passado porque decidiu  olhar somente para o próprio umbigo.

    Eliana não conseguiu engolir o PPS, que também não a engoliu. Eliana fez uma manobra arriscada na última semana ao receber em sua residência no Lago Sul, o  presidente do PDT, Georges Michel, e o vice, Fábio Barcellos, e outros integrantes da executiva do partido, para juntamente com outros notáveis políticos, como Jofran Frejat (PR), Cristovam Buarque (PPS) e Joe Vale (PDT), tentar construir uma nova ponte que pudesse chegar ao Buriti em 2018.

    Foi, na opinião de políticos da direita, um grave erro estratégico que revelou a conduta egoísta da ex-parlamentar e o desespero de conhecidos personagens que viveram por muitos anos às custas do eleitorado brasiliense, mas que diante de tantos desgastes políticos graças principalmente à omissões e cumplicidade junto a governos medíocres nos últimos anos, temem a rejeição em 2018 nas urnas. É o famoso abraço dos afogados.

    Joe e Cristovam tentam sobreviver após romperem com Rollemberg. Querem que o eleitor esqueça que eles apoiaram o governador do PSB.

     

     

     

     

     

     

     

    Joe e Cristovam apoiaram intensamente a candidatura de Rodrigo Rollemberg e agora quem fingir que sequer conhecem o governador do DF. Foram às ruas e à tevê pedir votos para o candidato do PSB ao Governo  em 2014 e agora querem iludir o eleitor se apresentando como “alternativa”  para o DF, ou “construção de um novo tempo”. Nem políticos nem marqueteiros enganam mais o eleitor brasiliense.

     

     

     

     

    Os pedetistas estavam conversando com o ex-presidente da OAB/DF Ibaneis Rocha (foto) sobre possível candidatura ao governo, mas aplicaram um golpe mortal nas pretensões do milionário advogado ao subitamente terem feito convite ao médico Jofran Frejat para integrar as fileiras do partido e ser candidato ao governo. Ibaneis, sem experiência política, partido e base eleitoral, sentiu o peso da traição do PDT.

    Conciliador, gestor e articulador, Alírio Neto segue na frente na consolidação do grupo de centro-direita com vistas a garantir vitória em 2018 na disputa ao Palácio do Buriti

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    No resumo desse capítulo sobre a atividade política ocorrida na última semana no DF, dois fatos se confirmam: Na direita, Alírio Neto (foto), presidente do PTB-DF está cada vez mais fortalecido principalmente junto ao grupo da direita formado pelos partidos PMDB, DEM, PP, PTB, PHS, PRP, PTdoB e PODEMOS, e consegue ainda ter admiradores na REDE, PSD, PPS e até no PR e PDT.

    E o segundo fato constatado, é que a empresária Eliana Pedrosa e o advogado Ibaneis Rocha ainda batem cabeça para conseguir um partido para chamar de seu e sonham com o Buriti. Sem espaço na direita e sem a confiança da esquerda, a situação não é nada confortável para ambos. Para a dupla,  falta conseguir um partido e depois combinar com o eleitor, que definitivamente está mais do que nunca atento ao comportamento de conhecidos políticos que querem o poder a qualquer preço.

    Alírio sabe que, sem uma grande coalização partidária, ninguém chega ao Buriti, e por isso tem dialogado bastante com os presidentes dos partidos descritos acima.  Mas por outro lado, alguns políticos ignoram essa regra básica e certamente  ficarão no meio do caminho. Ninguém chega ao Buriti sozinho. Ninguém.

     

     

    Fonte: Donny Silva

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