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    DEPUTADO ALEGA CONTESTAÇÕES AO RELATÓRIO DA CPI

     

    O relatório da Polícia Federal, tomado hoje (3) como sendo também a conclusão da CPI da Codeplan, foi divulgado em 16 de dezembro de 2009 como “parcial”. O documento, de 93 páginas, pede a quebra de sigilo bancário e fiscal de envolvidos na Operação Caixa de Pandora, citando o nome do ex-governador Roberto Arruda e de mais sete pessoas, entre secretários de governo, deputados distritais e empresários. O relatório do deputado Paulo Tadeu (PT), aprovado em 25 de agosto, relacionava 22 nomes.

    Três membros da CPI  votaram hoje pela anulação do documento assinado por Paulo Tadeu (PT) e pela adoção do relatório da PF como sendo o documento final da CPI. Raimundo Ribeiro (PSDB) leu trechos da ata da reunião de 25 de agosto para reforçar o argumento de que o relatório de Tadeu foi aprovado com ressalva de que seriam feitas alterações acordadas na ocasião. Segundo ele, o relator não cumpriu o acordo e enviou o documento diretamente ao presidente da Câmara, deputado Wilson Lima (PR).

    Ribeiro alegou ainda as dificuldades enfrentadas pela CPI, como as mudanças na sua composição, o fato do principal depoente, Durval Barbosa, não ter respondido às perguntas feitas pelos deputados, e a não disponibilização da íntegra do inquérito nº 650 do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, segundo ele, prejudicaram o resultado dos trabalhos da Comissão. “O relatório da Polícia Federal foi resultado de um ano e meio de investigações, com uso de toda a tecnologia possível, apoio do Ministério Público e da Justiça”, sustentou em favor da substituição de relatórios.

    Contestações – O deputado do PSDB fez um resumo dos questionamentos que recebeu acerca do relatório aprovado em agosto.  Entre os que constestaram estão o jornalista Welington Moraes, os empresários Cristina Bonner, Gilberto Lucena e J. C. Gontijo e Marcelo Carvalho, assessor de Paulo Octávio. Segundo Ribeiro, o relatório de Paulo Tadeu cita dois videos em que Marcelo Carvalho aparece recebendo pacotes de dinheiro. Ele afirmou que viu os videos e que o assessor de Paulo Octávio aparecia “falando de negócios”, mas não recebendo dinheiro.

    Uma das alternativas sugeridas por Raimundo Ribeiro foi reabrir a CPI para novas apurações, diante dos documentos recebidos após aprovação do relatório. Mas o presidente da Comissão, Aguinaldo de Jesus (PRB), alegou que faltava menos de 15 dias para encerramento da atual legislatura, o que inviabilizaria o prosseguimento dos trabalhos. Os três parlamentares presentes acabaram aprovando a segunda sugestão de Ribeiro, que foi a anulação do relatório de Paulo Tadeu e a adoção do documento da Polícia Federal.

    Fonte: CLDF/Foto: Rinaldo Morelli

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