Amigo de políticos influentes em Goiás e no Distrito Federal, o pregoeiro público e ex-secretário extraordinário de Cidade Ocidental, Gabriel Paixão de Jesus (preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) em uma operação deflagrada em 4/9, foi alvo na manhã desta quarta-feira (18/12), da Polícia Federal (PF), que em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou a segunda fase da Operação Ypervoli, para desmantelar um esquema de corrupção, fraude em licitações e desvio de recursos públicos na cidade localizada no Entorno da capital do país. O escopo da investigação são contratos com valores que somam mais de R$ 120 milhões.
O pregoeiro, que tinha um salário de cerca de R$ 10 mil, ostentava um padrão de vida incompatível com a renda. Ele foi flagrado ao circular com carros de luxo, como BMW e Porsche, e fazer viagens internacionais para cidades como Dubai (Emirados Árabes Unidos), Madri (Espanha), Nova York (Estados Unidos) e Fernando de Noronha (PE). Gabriel é acusado pelos delitos de fraude em licitações, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
As investigações da PF e da CGU verificaram que o esquema de corrupção tinha raízes na Prefeitura de Cidade Ocidental. Contratos suspeitos começaram a ser fechados ainda em 2017 e foram prorrogados até este ano.
Entre os principais documentos firmados estão os de transporte escolar e de aluguel de veículos. Um dos contratos chegou a gerar um pagamento aproximado de R$ 117 milhões. No entanto, parte significativa desse valor foi desviada, devido a um superfaturamento de R$ 63 milhões – mais da metade do valor total.
A Operação Ypervoli é um desdobramento da investigação iniciada em setembro deste ano, que levou à prisão preventiva de Gabriel Paixão de Jesus, acusado de fraudar licitações em contratos que somam R$ 65 milhões.
Durante a operação, também foram identificados mais de 100 contratos fraudulentos, que beneficiaram empresas ligadas aos envolvidos no esquema e causariam grandes prejuízos ao município.
Além da prisão de Gabriel, a primeira fase resultou no afastamento temporário do prefeito Fábio Corrêa (PP), que conseguiu eleger seu sucessor, Lulinha (PP), e na proibição da assinatura de novos contratos públicos com as pessoas físicas e jurídicas envolvidas no escândalo. A Polícia Federal (PF) aponta que o prefeito afastado de Cidade Ocidental (GO), Fábio Correa (PP), usou o próprio filho para esconder o próprio patrimônio, adquirido de forma ilícita nos últimos anos.
Políticos amigos de Fábio Corrêa e Gabriel Paixão estão tensos, muito tensos…