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    “A política está suja”, diz Paulo Roque, pré-candidato ao Senado

    Em entrevista ao Metrópoles, o filiado ao Partido Novo não poupou críticas à classe política e falou sobre financiamento de campanha

    PEDRO VALENTE/METRÓPOLES
    Manoela Alcântara

    Voz conhecida no Distrito Federal, o advogado Paulo Roque foi comentarista da rádio CBN na área de direito do consumidor por 10 anos. Ele não passaria despercebido pelos ouvintes, mas agora decidiu mostrar a cara e testar o prestígio nas urnas.

    Roque é um profissional popular dentro da comunidade do direito. Concorreu duas vezes à presidência da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF) e, embora não tenha conseguido êxito nas tentativas de 2012 e 2016, sente-se encorajado a tentar um cargo majoritário nas eleições de 2018. Ele será candidato ao Senado pelo Partido Novo.

    Em entrevista ao Metrópoles, Roque justifica a candidatura pelo desejo de “cuidar do que é de interesse público”. “A situação atual desanimou muitos brasileiros. A política está suja. As pessoas de bem não querem participar dessa velha política. Entendo que não posso me omitir nesse momento”, declarou.Sem poupar críticas aos atuais gestores e representantes do povo, Roque afirmou que, se estivesse no Poder Legislativo, teria como primeira iniciativa o corte de gastos. Na opinião dele, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) despencou nas pesquisas de intenção de voto porque não cumpriu compromissos de campanha. O advogado tem o senador José Antônio Reguffe (sem partido) como exemplo de perfil a ser seguido.

    “Tem uma coisa que o Reguffe fez e admiro profundamente: ele foi praticamente o homem peça-chave na eleição de Rodrigo Rollemberg para o GDF. Mesmo assim, não indicou sequer um porteiro nesta gestão. Esse tipo de atitude, o Novo defende. Temos estilos diferentes? Temos. Mas essa espinha dorsal que ele leva para a política deveria ser de todo homem público”, afirmou.

    O partido pelo qual Roque disputará as eleições para o Senado não permite que um parlamentar eleito pela legenda indique ou ocupe cargos no Executivo. “Somos contra o toma lá dá cá”, diz. Além disso, o Novo não usa dinheiro do Fundo Partidário, só prevê uma reeleição e promove uma seleção interna para quem decide pleitear cargo pela agremiação.

    Para se manter, o Partido Novo conta com R$ 29 mensais pagos por cada um dos 15 mil filiados, o que dá um total de R$ 435 mil. A ideia é bancar as campanhas e não usar dinheiro público. “Trabalhamos sem querer fazer da política um business, um negócio, sem sermos carreiristas”, frisou Roque.

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