Um espião, que atende pela alcunha de Marlon, atuou como agente duplo na última campanha. Trabalhou para dois escritórios – de um delegado aposentado, na QL 12 do Lago Sul, e de um delegado da ativa, no SIA, que hoje é subsecretário de uma pasta importante do GDF e foi dirigente de um órgão de trânsito no Governo Rosso, por indicação do deputado Alírio Neto. Filmou os patrões dos patrões em reuniões sociais e apresentou as fitas como furo a um ex-governador cassado, sendo a prestação de serviço creditada ao subsecretário, que é remunerado pelo esquema do cassado.
Andou ferindo o direito de ir e vir dos cidadãos, pois as gravações não passam de registros em restaurantes, cafés e outras áreas públicas, lugares frequentados por quem não tem o que esconder. Aliás, não se pode confiar mais nos escritórios de Inteligência estabelecidos em Brasília, conhecidos como “giletes”, porque eles sempre cortam de dois lados.