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    CODEPLAN: FUNCIONÁRIO DESABAFA EM CARTA ABERTA AO GOVERNADOR AGNELO

    Publico carta escrita por um funcionário da Codeplan, entristecido com os rumos da empresa. Confira:
    “A Codeplan, berço de tantos escândalos nos últimos tempos é, mais uma vez, alvo de partilha, disputas e impropriedades, que revoltam seus empregados. Empregados que há mais de 20 anos vêm lutando para valorizar a empresa de onde tiram seu sustento. Empregados que tentaram nos últimos 18 meses limpar o nome de uma das empresas mais antigas de Brasília, para poderem sair de casa com o queixo erguido e dizer às pessoas, sem vergonha, onde trabalham.

    Hoje, o discurso de moralização do Governador Agnelo não passa de palavrório vazio e perdido no vento.

    O Presidente da Codeplan, indicado pelo Governador Agnelo, veio da Polícia Civil. Com ele, desde sua posse, dezenas de policiais civis aparecem, diariamente, à porta de seu gabinete, aguardando sua nomeação. Ofícios de requisição ficam prontos para serem enviados, aos montes. Os cargos? Os tão desejados cargos comissionados de uma empresa pública do DF, cujos salários podem passar os 7 mil reais.

    Mas lugar de polícia não é na rua? Cada um não tem sua função a cumprir? Parece que política é mais importante do que o cumprimento de seu dever. Isso porque além de policiais, professores também esperam sua nomeação na Companhia. Professores da Secretaria de Educação, cuja carência é gritante na rede de ensino público do DF, aguardam sua vez para ocupar cargos comissionados em uma empresa pública. Para fazer o que?

    Uma antiga empregada da casa, que esteve fora por muito tempo (até no exterior), e que voltou para assessorar um dos novos diretores, vem alardeando aos quatro cantos que os empregados antigos “podem esquecer” os cargos comissionados. Estes são apenas para os requisitados indicados pela diretoria. E os empregados, desvalorizados, que se contentem com as gratificações internas.

    Falando em diretoria, os empregados da Codeplan assistiram, há pouco menos de um mês, estarrecidos, as declarações de um membro da equipe de transição do governo Agnelo, ao dizer que suspeitava de desvio de recursos na empresa em determinados convênios firmados no governo Rogério Rosso. No momento em que a empresa começava a ser reerguer, com o fim dos sucessivos escândalos, quando, então seus empregados tinham um pouco de paz. declarações sem fundamentos, levianas e sem quaisquer provas levam novamente o nome da Companhia à imprensa.

    E qual não foi a surpresa dos empregados, quando, nesta última semana, se viram obrigados a responder ao seu próprio algoz? Nomeado pelo Governador Agnelo para uma das diretorias da Codeplan, este senhor que disse haver corrupção na empresa vai, agora, comandar uma de suas áreas de maior importância! Qual o sentido disso?

    Falando em nomeações, outra notícia estarrecedora foi a nomeaçao do novo Chefe de Gabinete da Presidência, ou Secretário Geral, como é chamado na Codeplan. Braço direito do Presidente, homem de poder na empresa, o tal senhor é sindicalista e, segundo aqueles que possuem boa memória, já esteve envolvido promiscuamente com o dinheiro da associaçao dos empregados há alguns anos. Este é o senhor que vai auxiliar o Presidente na tarefa de dirigir a empresa? E como fica a Ficha Llimpa, Senhor Governador?

    Isso tudo talvez não seja nada comparado ao caráter de determinadas pessoas que hoje contam com uma posição de prestígio dentro da Codeplan. Lá temos como exemplo o empregado, requisitado da Secretaria de Educação, que passou o ano de 2010 em campanha explícita e ferrenha para o ex-Governador Roriz e depois para sua esposa, D. Weslian. Primeiro e segundo turnos, o moço continuava lá, firme em campanha. Autoproclamava-se um dos cabeças da estratégia de campanha de Roriz e até mesmo em horário de expediente estava no comitê e negociava a realização de seu sonho, que era ser Presidente da Codeplan. Isso após ter passado anos trabalhando em outro órgão, mas com cargo comissionado da própria Codeplan. Após a vitória de Agnelo nas urnas, este senhor dizia que jamais trabalharia para o governo do PT. Que iria voltar a seu órgão de origem e continuar fiel ao ex-Governador. Adivinhem onde ele está agora?

    Pois é! Qual não foi a surpresa quando, após a indicação da nova diretoria pelo Governador Agnelo., o moço mexeu-se e tornou-se o mais novo e mais ativo “petista por conveniência” daquela Companhia? Braço direito, homem de confiança da diretoria!  Será que a diretoria ou o Governador Agnelo sabem que estão dando poder a um dos supostos estrategistas da campanha de Roriz? E se sabem, qual foi o preço pago por isso? Uma vergonha alguém se vender assim!

    E enquanto a diretoria indicada pelo PT dá guarita para o rorizista fiel, os correligionários do PMDB, fiéis a Filippelli, que fizeram campanha para o atual governador, já foram avisados de que serão sumariamante demitidos. Pode isso, senhor Governador?

    É muita vergonha para uma empresa só. Existem pessoas de bem e que trabalham arduamente, sem interesses políticos, existem sim! Mas aparentemente, como foi dito no início desse texto, moralidade e trabalho árduo são apenas palavras ao vento, nada mais”.

    Funcionário indignado da Codeplan

    22 COMMENTS

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    Deve ler

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