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    Entrevista: Ricardo Vale, presidente da Comissão de Ética da Câmara Legislativa

    Por Ana Maria Campos-Correio Braziliense/Ricardo Vale/Divulgação –

    Com exceção de você, todos os integrantes da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Legislativa são investigados, denunciados por crimes ou respondem a ações de improbidade. Vai funcionar?

    Vai, sim. Investigados ou denunciados não quer dizer que esses deputados já sejam culpados. Eu vou fazer minha parte e cobrar dos outros membros, titulares e suplentes, que trabalhem para que a comissão funcione independentemente dos processos que respondem.

     

    Tem credibilidade?

    Tem e terá. Fui presidente dessa comissão nos dois primeiros anos de legislatura e terei a mesma postura: defenderei que as denúncias que chegarem na comissão ética sejam investigadas, seja lá qual for o parlamentar.

     

    Acredita que eventuais processos por quebra de decoro parlamentar da Operação Drácon serão barrados?

    Espero que não. Principalmente se houver provas contundentes contra os acusados. Mas também se não forem verdadeiras, se forem forjadas, fruto de disputas políticas, isso tem que ficar claro para a população.

     

    Como viu as tentativas da deputada Celina Leão de levantar informações sobre a vida de adversários, como o deputado Chico Vigilante?

    Uma coisa muito grave que precisa ser imediatamente investigada pela Câmara. Se comprovado, isso pode ser motivo de cassação de mandato. Essa conduta é inaceitável no parlamento e na vida.

     

    O deputado Cristiano Araújo diz que “ninguém é virgem” na Câmara. É isso mesmo?

    Se a palavra “virgem” está ligada à corrupção, ele está afirmando que é corrupto. Lamentável isso! Não acredito no que ele insinua. Nem todos os políticos são corruptos, nem todos estão na Câmara para

    fazer negócios espúrios.

     

    Depois da aliança do PT com o governo na eleição da Mesa Diretora e das comissões permanentes da Câmara Legislativa, muita gente passou a acreditar que a bancada petista é base de apoio de Rodrigo Rollemberg. Isso procede?

    Não procede. A nossa aliança foi apenas tática com deputados que, em sua maioria, são da base do governo. É lógico que o governador tinha de participar das articulações, porque Executivo e Legislativo têm relações políticas, e isso é normal na democracia. Nossa bancada é a maior e, certamente, a mais atuante na Câmara. Por isso, fomos atrás de nossos espaços legítimos. Na eleição da Mesa, não deu certo, mas nas comissões foi um sucesso e o PT ficou com três presidências de comissões importantes.

     

    O PT vai indicar cargos no governo?

    Não. O partido tem uma resolução de não indicar membros para o GDF.

     

    Acredita que o PT estará com Rollemberg em 2018?

    Acho que não. Ambos estão muito distantes na forma de fazer política.

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