Em política, tudo é possível e nada é desprezado ou ignorado, pelo menos em ano eleitoral. Após a ‘guerra’ ocorrida no diretório regional do PMDB/DF, envolvendo o ex-governador Joaquim Roriz e o deputado federal Tadeu Filippelli, que culminou com a saída de Roriz e seu ingresso no PSC, agora ambos dão sinais de que poderá acontecer uma reaproximação – partidária, evidentemente. É que o PMDB sonha mesmo em estar na chapa de Joaquim Roriz na corrida ao governo do Distrito Federal. O presidente regional do PMDB emitiu sinais ao grupo rorizista sobre uma possível união em 2010, após aguardar, sem muito sucesso, o restante do cumprimento de acordo feito pelo governador Arruda (DEM). É claro que Filippelli ganhou a Novacap para apoiar o governo do DEM mas havia um acordo para o PMDB ocupar um espaço ainda maior no GDF. Vale lembrar que o DEM estava muito bem acomodado no governo de Roriz em passado recente. E o PSDB também. Como se percebe, ninguém quer largar o “osso”, nem o PMDB, nem o PSDB, e vale o ditado: “O adversário de ontem, será o companheiro de amanhã”. Agora, se o partido se unir ao grupo encabeçado pelo PSC… vai dar muito o que falar e o que contar nas urnas. Alguém duvida? Por outro lado, Filippelli percebe que há uma “tendência” dentro do grupo arrudista, de haver uma corrida à candidatura de Joaquim Roriz no próximo ano, o que viabilizaria seu projeto de ser vice-governador. Muitos aguardam o próximo ano para expressar abertamente sua intenção de voto ao ex-governador. Politicamente falando, todo partido é importante, e para Roriz, que conhece profundamente o significado de alianças partidárias (por isso nunca perdeu uma eleição), ele não diz que sim, nem que não, mas sabe avaliar o grau de potencialidade da eventual aliança com o PMDB. E como o velho cacique não costuma guardar mágoas de quem o trai, tudo é possível sim. Publicamente, Filippelli desconversa, mas nos bastidores…suas chances de ser vice de Roriz são muito maiores do que ser vice de Arruda.
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