Aos poucos o controvertido lobista Silvio Assis vem conseguindo restabelecer sua influência no jogo político do Distrito Federal. Assis, que se notabilizou por oferecer comes e bebes à empresários e parlamentares que se unem para, com astúcia e audácia, adentrarem no submundo da facilitação de negócios junto ao poder público, é um homem resiliente.
Vinhos caros e mulheres nem tão caras assim, costumam fazer a felicidade dos convivas de Assis, que com habilidade e malemolência, apesar do corpanzil rechonchudo, consegue desviar de uma saraivada de problemas que vão desde sua prisão decorrente da Operação Registro Espúrio, que investigava a cobrança de honorários para liberar registros, além de desvios de recursos das contribuições sindicais, até seu envolvimento com a venda de vacinas Covaxin para o Ministério da Saúde, com direito ao suposto oferecimento de propina ao deputado federal Luis Miranda, aquele que denunciou a pressão exercida por seu irmão para atestar e autorizar um pagamento milionário e irregular à empresa havia sido contratada para vender a vacina ao governo brasileiro.
No círculo político Distrito Federal, Assis costuma jactar-se de sua participação no financiamento das campanhas eleitorais de Agnelo Queiroz e da deputada Celina Leão, esta última que ao ocupar a Presidência da Câmara Legislativa durante o governo Rollemberg foi campeã de nomeações no executivo, inclusive, a pedido do seu financiador Silvio Assis, das diretorias estratégicas do Detran-DF.
A parceria de Assis com Celina deu tão certo, que após emergir de seu estratégico mergulho para sair dos holofotes da PF, Sílvio trabalha insistentemente para fazer de Celina a companheira da chapa de reeleição do governador Ibaneis Rocha, desta vez como vice-governadora.
De olho em 2026, a tabelinha Celina e Assis começa a mover mundos e muitos fundos para alcançar o objetivo comum de fazer do GDF um Detran que um dia dominaram.
Será que Ibaneis se tornará uma presa para a leoa e o seu lobista?
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