Nenhum deputado distrital assistiu à solenidade de posse de Leonardo Bessa. Por que será?

Posse temática: Em defesa das 10 Medidas de Combate à Corrupção

POR ANA MARIA CAMPOS-EIXO CAPITAL/MPDFT/DIVULGAÇÃO/CORREIO BRAZILIENSE –

 

O Distrito Federal foi a unidade da federação com mais assinaturas, proporcionalmente ao número de eleitores, nas 10 Medidas de Combate á Corrupção. O procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bessa, participou da campanha que reuniu quase 300 mil aliados. Na posse dele para o segundo mandato ontem, as mudanças no pacote anticorrupção não poderiam ficar de fora dos discursos. Foi o tema da posse. Nomeado pelo presidente Michel Temer, Bessa ficará mais dois anos à frente do Ministério Público. Com um perfil do diálogo, reuniu na solenidade de sua recondução várias autoridades do Poder Judiciário, colegas de carreira e integrantes do Executivo, entre os quais o governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Nenhum deputado distrital assistiu à solenidade. Por que será?

 

Sem brigar com o Congresso

 

Está claro que o Ministério Público quer derrubar as emendas que desfiguraram o pacote das 10 Medidas de Combate sem brigar com o Congresso. Todos disseram que não pretendem afrontar a autonomia do Congresso, mas defendem a rejeição das emendas aprovadas pela Câmara, de madrugada. Até porque o Senado pode apreciar o tema hoje. “O Ministério Público respeita a independência do Congresso. Não é contra controle e punição de promotores e juízes. O problema foi a forma e o conteúdo aprovados sem qualquer debate com o Ministério Público”, disse Bessa. O vice-procurador-geral da República, José Bonifácio de Andrada, que representou o chefe do MP, Rodrigo Janot, adotou um tom moderado. “Não queremos ver corrompida a lei que combate a corrupção. O Senado ainda pode rever (as emendas)”, lembrou.

 

Mérito da Drácon

 

O procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bessa, apontou a investigação e denúncia contra cinco deputados distritais suspeitos de vender uma emenda parlamentar como uma das principais realizações de seu primeiro mandato. No discurso, ele apontou a Operação Drácon como “uma das maiores” da história do DF. De fato, em termos de impacto político, só perde para a Caixa de Pandora. Por meio da Drácon, a presidente de um poder, Celina Leão (PPS), foi afastada. Com o tempo passando, restam poucas chances de a distrital retornar ao comando da Câmara Legislativa.

 

Nova derrota para Celina

 

A deputada Celina Leão (PPS) teve nova derrota judicial ontem. O desembargador José Divino, relator da Operação Drácon no Tribunal de Justiça do DF, negou o pedido da defesa da distrital e a manteve afastada da Presidência da Câmara Legislativa. O magistrado considerou que aceitar o recurso seria uma afronta à decisão do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF que a manteve afastada do comando da Casa. Um pedido de retorno à Presidência ainda será apreciado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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