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    População aprova vagão exclusivo para mulheres

    No primeiro dia de funcionamento o clima foi de tranquilidade no Metrô

     
     
     

     O primeiro dia de funcionamento do vagão exclusivo para mulheres e deficientes no Metrô do Distrito Federal transcorreu em clima de tranquilidade entre os passageiros, que aprovaram a mudança.

     

    “Eu amei a ideia. Pego esse metrô todos os dias e hoje de manhã a situação já estava bem tranquila. Ontem mesmo eu levei uma cotovelada de um homem no vagão. Agora não tenho mais que passar por isso”, destacou a babá Edite Pereira, moradora do Recanto das Emas.

     

    Na Estação Central, localizada na Rodoviária do Plano Piloto, agentes da empresa orientavam os usuários, que também recebiam a informação pelos alto falantes e na entrada dos vagões.

     

    Segundo a companhia, 600 profissionais vão orientar a população sobre a mudança nos próximos dias.

     

    O carro exclusivo para o sexo feminino será sempre o primeiro -chamado carro líder-, localizado logo após a cabine onde está o piloto; nos demais carros o uso continuará misto, ou seja, com a presença de homens, mulheres e deficientes.

     

    “Eu me sentia mal vendo as mulheres sendo, literalmente, esmagadas no metrô. Se minha esposa também utilizasse o transporte, certamente ficaria mais tranquilo sabendo que ela usaria um vagão exclusivo, sem tantos perigos”, complementou o designer gráfico Paulo Pereira da Silva.

     

    O carro exclusivo para mulheres e pessoas com deficiência funcionará nos horários de pico- de segunda a sexta-feira, das 6h às 8h45 e das 16h45 às 20h15-, e atende a uma lei distrital aprovada em 2012.

     

    A professora Jane Oliveira estava com o filho Bernardo, de oito meses, e pela primeira vez utilizou o transporte.

     

    “Fui informada antes de entrar no vagão que havia esse espaço reservado e fiquei tranquila. Vemos muitos casos de mulheres molestadas dentro desses veículos e acredito que a mudança reduzirá esses tipos de ocorrência”, afirmou.

     

    Não há nenhuma punição prevista para homens que desrespeitarem o vagão exclusivo e, por isso, uma campanha educativa orientará os passageiros até o fim do mês.

     

    Não há restrição para o transporte de crianças no carro exclusivo, mas adolescentes estão impedidos.

     

    “Brasília precisava de uma mudança como essa. Os homens são mais fortes e muitas vezes éramos impedidas de entrar no vagão por causa dos empurrões”, declarou a servidora pública, Mariza Pinheiro.

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