O agora poderoso Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que o presidente Jair Bolsonaro não pode chamar Lula de ladrão… Mas o TSE não explica como Lula ficou milionário na carreira política.
O ministro do TSE, Tarso Sanseverino, determinou a suspensão da propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL) em que ele chama o candidato Lula de “corrupto” e “ladrão”.
“Verifica-se que, como alegado, a propaganda eleitoral impugnada é ilícita, pois atribui ao candidato à conduta de ‘corrupto’ e ‘ladrão’, não observando a legislação eleitoral regente e a regra de tratamento fundamentada na garantia constitucional da presunção de inocência ou não culpabilidade”, afirmou o ministro.
Presunção? É notório que Lula é corrupto, apesar de ter sido descondenado por amigos que colocou com Dima no STF! Lula foi condenado e preso! Que honra pode ter um político como ele? Que isenção?
“Fui absolvido pela Suprema Corte, fui absolvido na ONU, na primeira e na segunda instância, ou seja, eu sou um cidadão livre”, afirmou Lula. É verdadeiro que Lula seja um cidadão livre. É falso, no entanto, que ele tenha sido absolvido no STF ou na ONU.
O STF absolveu Lula? O STF não julgou o mérito das acusações contra o ex-presidente, ou seja, não o condenou nem o absolveu, apenas anulou os processos para que eles recomeçassem na competência correta (mas por quê não fizeram isso lá trás?).
Lula foi ‘absolvido’ na ONU? Não! A ONU não julgou ações de Lula, portanto, é falso que ele tenha sido absolvido pela instituição. O Comitê de Direitos Humanos da organização reconheceu que o ex-presidente teve seus direitos políticos violados pela forma como foi conduzida a investigação e o processo penal contra ele no âmbito da Lava Jato. Além disso, o comitê avaliou que Lula não teve direito a ser julgado por um tribunal imparcial e teve seu direito à privacidade violado quando o Supremo decidiu que a pena deve ser cumprida após o trânsito em julgado, ou seja, quando esgotadas as possibilidades de recursos. Lula foi solto por causa disso.
Por outro lado, é o mesmo TSE que não viu problema em Lula chamando Bolsonaro de “genocida”, em nome da “liberdade de expressão”, claro. Contra Lula, nada pode; já contra Bolsonaro, tudo pode?
No dia 20 de setembro, por exemplo, o TSE rejeitou 2 pedidos para que o candidato ao Planalto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apagasse vídeos em que chama o presidente Jair Bolsonaro (PL) de “genocida”, “miliciano” e “fascista”…
E cada vez mais, neste segundo turno da eleição presidencial, fica evidente que o TSE atua fortemente a favor de Lula e contra Bolsonaro. Dá pra confiar na imparcialidade do TSE? Alguma dúvida?