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    Crise do Banco Master acaba de entrar oficialmente na zona morta da transparência brasileira

    Em vez de explicações sobre o rombo bilionário, a emissão de títulos sem lastro e a liquidação repentina da instituição, o país recebeu outra coisa: sigilo máximo.

    Dias Toffoli trancou o processo no cofre do STF e jogou a chave fora. O caso que envolve ao menos R$ 12 bilhões, investidores prejudicados e suspeitas pesadas de fraude virou um buraco negro – justamente quando deveria ser mais público do que nunca.

    Bastaram alguns dias para o TRF-1 revogar a prisão de Daniel Vorcaro, colocar tornozeleira e permitir que o principal alvo da investigação voltasse para casa. Agora, com o processo blindado no Supremo, a narrativa oficial é a de sempre: tudo “sob sigilo para não atrapalhar as investigações”, em outras palavras – blindagem total.

    A defesa alegou que um parlamentar citado no inquérito justificaria foro privilegiado, e o caso foi parar nas mãos de Toffoli. Coincidência ou não, foi o bastante para transformar um escândalo financeiro de repercussão nacional em informação proibida ao público. Uma investigação que deveria expor responsáveis, recuperar valores e reforçar a confiança do mercado virou um ato de prestidigitação jurídica. Por que um caso com potencial destrutivo para o sistema financeiro precisa ser escondido da sociedade? O que exatamente não pode ser visto? Quem não pode ser exposto?

    Enquanto investidores tentam calcular prejuízos e o Banco Central tenta contornar o estrago institucional, o Supremo opta por operar nas sombras – e reforça a sensação de que, no Brasil, quando o escândalo envolve cifras astronômicas e gente influente, a Justiça fecha a cortina.

    O sigilo de Toffoli apenas confirma o que muitos já suspeitavam; a caixa-preta do Master é a caixa de pandora do sistema.

     

    Fonte: Karina Michelin

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