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    AGNELO ESCOLHE PARA TRANSIÇÃO, NOME DE ENVOLVIDO NO MENSALÃO DO PT

    O governo de Agnelo Queiroz (PT) começa bem. Raimundo Junior foi escolhido como o homem da transição entre o governo Rosso e o governo Agnelo. Veja a entrevista de Raimundo Junior  em 20 de julho de 2005 ao Correio Brasiliense. A entrevista está veiculada no site do Ministério da Fazenda.

    Entrevista – Raimundo Ferreira Silva/Jr.
    Correio Braziliense – 20/07/2005
    “Fiz o papel de um mensageiro”
    Ary Filgueira
    Da equipe do Correio
    Apesar de seus 21 anos no partido, o atual vice-presidente do PT-DF, Raimundo Ferreira Silva Júnior, morador do Gama, era desconhecido no país e até no Distrito Federal. Mas tudo mudou após o depoimento do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como operador do mensalão, na Procuradoria-Geral da República. O empresário citou Raimundo Júnior como um dos sacadores das supostas mesadas pagas a deputados federais na agência do Banco Rural em Brasília. O envolvimento do petista aparentemente não tirou sua calma. Em entrevista exclusiva ao Correio, ele se denominou um “mensageiro” do escritório nacional do PT, no edifício Varig, onde trabalha como assessor cedido pelo deputado federal Paulo Delgado (PT-MG). Afirma que apenas apanhou o dinheiro para o ex-tesoureiro do partido Delúblio Soares, mas não sabe quanto era. Disse ainda que, apesar de ver Valério freqüentemente no Escritório Nacional do PT no DF, nunca trocou sequ er uma palavra com ele. E também não teve contato com as demais pessoas mencionadas na lista do publicitário. A reportagem tentou insistentemente ouvir o presidente do partido no DF, Wilmar Lacerda, mas ele não foi encontrado.CORREIO BRAZILIENSE — O senhor foi citado como uma das pessoas
    autorizadas pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares a sacar dinheiro de contas das empresas do publicitário Marcos valério. O senhor confirma essa acusação?
    Raimundo Ferreira Silva Júnior — Em maio do ano passado, recebi uma solicitação do tesoureiro nacional do PT, Delúbio Soares, para que eu fosse ao Banco Rural, no Brasília Shopping, que funciona em frente ao prédio onde trabalho (no Edifício Varig), para receber uma ordem de pagamento em meu nome. Depois de assinar um termo de recebimento, coloquei o envelope fechado em minha bolsa e o levei à sede nacional do partido. Lá, entreguei esse recurso ao Delúbio no outro dia. Foi apenas essa a mi nha participação.

    CORREIO — Quanto continha o envelope?
    Raimundo Júnior — Não tenho conhecimento. O envelope estava lacrado.

    Correio — O senhor conhece Marcos Valério?
    Raimundo Júnior — Só de vista. Conhecia ele porque ia muito ao escritório nacional do partido, no Edifício Varig. Eu trabalhava no local e o via por lá.

    Correio — O senhor acha justa sua demissão do gabinete do deputado federal Paulo Delgado (PT-MG)?
    Raimundo Júnior — Não fui demitido. Eu pedi para sair. Porque não quero que ele tenha qualquer prejuízo com esse ato que eu fiz a pedido do Delúbio. Não acho justo que, neste momento, ele (Paulo Delgado) tenha de responder pelo ato de um funcionário que não trabalha para ele. Embora seja lotado no gabinete dele, sou cedido por ele, que é da Executiva Nacional do partido, para o escritório nacional (do PT).

    Correio — Onde foi usado o dinheiro?
    Raimundo Júnior — Não sei, pois somente fui apanhar o dinheiro. Fiz o papel de um mensageiro.

    Correio — Esse dinheiro fazia parte de um caixa dois no PT local?
    Raimundo Júnior — Nunca ouvi falar disso. Como eu havia dito, apenas peguei o dinheiro para levá-lo ao Delúbio.

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